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Após a notícia que dizia que a Eletrobras (ELET3) havia recebido proposta de 14 bancos para coordenar sua oferta pública de ações, de R$ 103 bilhões, a companhia se manifestou. De acordo com documento à CVM, a elétrica disse que a informação divulgada pela Bloomberg já era conhecida do mercado. Além disso, informou que os valores finais da oferta ainda seguem em avaliação.
“Os valores finais da Oferta ainda se encontram em avaliação e, de acordo com a aprovação, ocorrida em 19 de outubro de 2021, pelo CPPI, deve ser em montante equivalente à bonificação de outorga a ser paga ao governo federal pelas novas outorgas de 30 anos das usinas previstas na Lei 14.182/2021.”
disse a Eletrobras em comunicado ao mercado.
De acordo com a Resolução CNPE número 15, a bonificação está estimada em R$ 23,2 bilhões.
Quando ocorrerá a privatização?
O Ministério de Minas e Energia disse que a privatização da Eletrobras (ELET3) ocorrerá ainda no primeiro trimestre de 2022. De acordo com o ministério, a participação do governo na companhia após a privatização será de, no máximo, 45%.
Uma oferta primária deve ser suficiente para a privatização, contudo, caso não seja, o governo fará uma nova venda de ações. Mas neste caso a União não exercerá direito de compra de novas ações para diluir participação. Além disso, vale destacar que a Eletrobras irá investir R$ 6,7 bilhões para a revitalização de bacias hidrográficas e navegabilidade. Isto é, dentro do escopo do projeto de capitalização da estatal.
De acordo com o Credit Suisse, a aprovação da desestatização da Eletrobras é positiva. O banco suíço acredita que o governo ainda pode privatizar a empresa no primeiro semestre de 2022, dependendo do parecer do TCU acerca do processo. Assim sendo, sua recomendação é “neutra” com preço-alvo em R$ 45. Isto é, com base no preço de fechamento desta terça-feira, 19, há um potencial upside de 14%.
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