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Os papéis da Eletrobras (ELET3) caíram forte na segunda na bolsa de Nova York e também nesta terça-feira após o anúncio da saída do CEO Wilson Ferreira Júnior. Dessa forma, o que parecia difícil ficou pior: a privatização.
Entretanto, analistas do mercado financeiro ainda mantêm suas recomendações de compra para a companhia.
“Não esperamos mudanças significativas para a empresa no curto prazo e, consequentemente, reiteramos nossa recomendação de compra para ELET6”
dizem analistas do Santander.
Além disso, soma-se o fato de que o favorito à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco, diz ser favorável a privatização, mas que não a enxerga como prioridade no momento.
De acordo com Daniel Travitzky, analista do Banco Safra, há apenas 20% de chances para a privatização da Eletrobras. Dessa forma, o analista cortou as estimativas para ELET3 de R$ 53,80 para R$ 35,10, com recomendação de compra para neutra.
“Apesar do potencial de alta ainda sobre a mesa, esperamos que o mercado precifique riscos de perdas de eficiência após o Sr. Ferreira deixar a empresa.”
aponta Travitzky.
Uma Eletrobras “ruim”
Para a dupla Francisco Navarrete e Ricardo França, da Ágora Investimentos, o mercado provavelmente irá precificar a Eletrobras como uma estatal “ruim”.
De acordo com eles, a razão para tal é o atual cenário de incerteza e a deterioração nas perspectivas de privatização. Além disso, pontuaram que, caso desse continuidade às melhorias operacionais de Wilson, seu valor justo seria de R$ 35. Todavia, voltando a ser uma empresa “ruim” a projeção cai para R$ 27.
“Notadamente, existem algumas melhorias feitas pelo governo Wilson que são irreversíveis, como a venda das seis distribuidoras que drenam dinheiro na região Norte e Nordeste”
aponta a dupla de analistas da Ágora.
Assim sendo, eles mantêm recomendação neutra para Eletrobras (ELET3), com preço-alvo de R$ 41 e 90% de chances da companhia permanecer “boa”.
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