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ETF de criptos HASH11 é o segundo maior com cotistas na Bolsa

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O HASH11, fundo de índice de criptomoedas, se tornou o segundo com maior número de cotistas na B3 ficando em posição atrás somente do IVVB11, fundo que replica o S&P 500. O HASH11 possui 129.758 cotistas enquanto o IVVB11 tem 176.774 e o BOVA11 125.901 cotistas.

O ETF HASH11, da gestora Hashdex, possui apenas 9 meses de vida e desbancou o tradicional ETF BOVA11, que tem 14 anos de existência e replica a carteira do Ibovespa. Os dados são do boletim de ETFs da B3, que mostra os fundos de índice com o maior número de cotistas em dezembro do ano de 2021.

Para Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, o principal motivo para o HASH11 ter crescido tanto nos últimos meses é a forte popularização e crescimento das criptomoedas.

“Isso é uma consequência de uma demanda muito grande por criptomoedas. Então só sinaliza que os novos investidores estão olhando para o mercado futuro, para o mercado crescente de criptomoedas. A bolsa acaba sendo mais do mesmo porque existe algo novo que envolve toda essa tecnologia do blockchain que chama mais a atenção. Não duvido que em breve o próprio HASH11 possa passar o IVVB11”, comenta.

Andrey Nousi, CFA e fundador da Nousi Finance, lembra que o Brasil é o quinto país do mundo com mais investidores em criptomoedas. “São mais de 10 milhões de brasileiros que investem em criptos. Isso é duas vezes e meio a quantidade de CPFs que tem na bolsa, o que mostra que brasileiros estão buscando outras alternativas de investir, além de ações brasileiras e renda fixa, por exemplo, que passam por uma série de problemas envolvendo desiquilíbrio fiscal, altas taxas de juros, inflação, entre outras questões. A perspectiva é só crescer mais daqui para frente”, diz.

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HASH11 (Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice) é o ETF de criptomoedas da Bolsa de Valores do Brasil. A ideia desse fundo de investimento é possibilitar que os investidores aproveitem oportunidades do mundo de criptomoedas. O ETF estreou na bolsa em abril de 2021 e seu IPO movimentou R$ 600 milhões.

“O HASH11 é a possibilidade que o investidor tem de ter o ETF de criptos na bolsa tradicional sem ter que investir diretamente em cada ativo, o que facilita muito, já que não é preciso que o investidor tenha conhecimentos técnicos em relação a criptomoedas ou como usar a wallet, o que é a blockchain, etc. O mercado de cripto está explodindo, é uma tecnologia inovadora e as pessoas estão cada vez mais interessadas em aderir. A demanda está cada vez maior”, explica Tasso.

A Hashdex, gestora do HASH11, também anunciou nesta semana o lançamento de mais um ETF de criptomoedas na bolsa: o DEFI11. Esse já é o sexto ETF ligado ao setor de cripto lançado em menos de um ano.

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O novo ETF irá expor os cotistas às finanças descentralizadas, também chamadas como DeFi, um mercado muito promissor por conta de suas tecnologias disruptivas. O produto será listado na B3 em fevereiro.

Segundo Felipe Veloso, economista e fundador da Cripto Mestre, escola focada em investimentos e empreendedorismo utilizando BlockChain, o DEFI11 é muito promissor, pois as finanças descentralizadas prometem uma revolução no mercado financeiro mundial possibilitando empréstimos de pessoas diretamente para outras em lugares diferentes do mundo.

“Como as taxas de juros são diferentes em cada país, imagine no Japão, onde a taxa de juro é baixa e a poupança não rende nada, um cidadão emprestando dinheiro diretamente para o Brasil, onde a taxa de juros é alta. Um ganharia mais retorno no seu dinheiro e outro pagaria um juros menor fazendo o capital mundial fluir de forma mais eficiente. Essa revolução é gigante e por isso esse ETF tende a ser um sucesso”, afirma.

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