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- O euro registrou ganhos neste domingo (30), impulsionado pelo resultado do primeiro turno da eleição antecipada na França
- A extrema direita lidera mas deixa os investidores com incertezas
- A incerteza persiste, já que o resultado final dependerá das alianças que os partidos formarão em cada um dos 577 distritos eleitorais para o segundo turno, estabelecendo o cenário para negociações intensas nos próximos dias
O euro registrou ganhos neste domingo (30), impulsionado pelo resultado do primeiro turno da eleição antecipada na França. A qual viu a direita liderando, mas deixando os investidores com incertezas sobre o desfecho final.
O Reagrupamento Nacional (RN), sob a liderança de Marine Le Pen, saiu na frente no primeiro turno. Ainda, conforme as expectativas. No entanto, a incerteza persiste, já que o resultado final dependerá das alianças que os partidos formarão em cada um dos 577 distritos eleitorais para o segundo turno, estabelecendo o cenário para negociações intensas nos próximos dias antes da votação final no próximo domingo.
Pesquisas indicam que o RN poderia alcançar uma maioria absoluta, aumentando a ansiedade nos mercados.
Desde que o presidente Emmanuel Macron convocou as eleições em 9 de junho, o euro havia caído 0,8%. No entanto, após os resultados do primeiro turno, a moeda única europeia recuperou-se, registrando um aumento de 0,21% para 1,0732 dólar na abertura do pregão de segunda-feira na região Ásia-Pacífico.
“Talvez o resultado não seja tão ruim quanto o mercado temia”, apontou Michael Brown, estrategista da Pepperstone FX.
“O mercado pode estar se consolando um pouco com isso. Mas, de modo geral, os riscos de baixa que existiam na sexta-feira no fechamento permanecem”, complementou.
O abalo ao mercado
A votação surpreendente abalou os mercados. Visto que, tanto a direita quanto uma coalizão de esquerda que ficou em segundo lugar no domingo, prometeram grandes aumentos de gastos. Isso deixou os investidores preocupados, especialmente diante do elevado déficit orçamentário da França, que levou a União Europeia a recomendar medidas disciplinares.
Na semana passada, o spread entre os rendimentos dos títulos franceses e alemães atingiu o maior nível desde 2012. Isto, durante a crise da dívida da zona do euro.
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Os mercados de títulos e ações na Europa serão o foco das atenções na abertura das negociações na segunda-feira, com expectativas de volatilidade e reações intensas aos resultados eleitorais.
Bolsas europeias avançam com Paris liderando após primeiro turno da eleição
As bolsas europeias abriram em alta nesta segunda-feira (1), com Paris liderando os ganhos. Isto, à medida que os investidores digerem o resultado do primeiro turno das eleições parlamentares na França.
Por volta das 6h50 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 registrava um avanço de 0,27%, alcançando 512,78 pontos.
Como previsto, o partido de ultradireita Reagrupamento Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, conquistou uma vitória significativa no primeiro turno das eleições francesas, embora por uma margem menor do que as pesquisas de opinião indicavam. Há expectativas de que a ultradireita não consiga assegurar uma maioria absoluta no segundo turno, agendado para 7 de julho, o que está impulsionando tanto a bolsa francesa quanto o euro.
Às 7h05 (horário de Brasília), o índice CAC-40 registrava um aumento de 1,54% em Paris, impulsionado pelo desempenho positivo do setor bancário: Société Générale (EPA), Crédit Agricole e BNP Paribas (EPA) apresentavam altas de 4%, 3,4% e 2,8%, respectivamente.
No cenário macroeconômico, o PMI industrial da zona do euro caiu para 45,8 em junho, mas superou a estimativa inicial. No Reino Unido, o mesmo indicador recuou para 50,9 no mês passado, contrariando a expectativa inicial de um pequeno avanço.
Além disso, às 7h05 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres mostrava um aumento de 0,35%, enquanto Frankfurt avançava 0,33%. Milão, Madri e Lisboa também registravam altas, com ganhos de 1,52%, 0,89% e 1,38%, respectivamente.
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