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Os processos de venda de ativos da Petrobras (PETR4) estão suspensos por 90 dias e isso tem gerado apreensão no mercado, especialmente no caso da 3R Petroleum (RRRP3) com o Polo Potiguar. Com a transação já aprovada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), a 3R está próxima de concluir a aquisição do Polo Potiguar, que será responsável por quase metade da produção futura da companhia.
No entanto, o analista da Nord Research, Rafael Ragazi, levanta a questão: existe o risco da Petrobras “tomar de volta” os campos da 3R? Apesar de a companhia não acreditar em qualquer hipótese de não conclusão da transação, uma eventual saída unilateral da Petrobras não foi contemplada no contrato, e um desmembramento do conjunto de ativos também não parece ser uma hipótese, já que as aprovações já obtidas partem da premissa de unicidade dos ativos.
Segundo o CEO da 3R, Matheus Dias, a companhia não recebeu nenhuma notificação da Petrobras quanto à suspensão do contrato e segue atendendo às obrigações necessárias para a conclusão da transação. Ainda faltam aprovações ambientais (IBAMA), mas o atendimento das condições precedentes para conclusão já está em nível bem avançado.
Apesar do otimismo com a conclusão da venda, o período de suspensão das vendas da Petrobras só acaba em junho. Ragazi afirma que continuará acompanhando o fechamento da transição do Polo Potiguar e retornará assim que houver novidades. A Nord Research mantém a recomendação de Compra para RRRP3.
Sobre a Petrobras
A Petrobras é a maior empresa de exploração e produção de petróleo do país e uma das maiores do mundo. Foi criada 1953 por Getúlio Vargas com o objetivo de desenvolver a exploração petrolífera em prol da União. Hoje é uma empresa estatal de economia mista e tem capital aberto, sendo o Governo Brasileiro seu acionário principal.
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