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O BTG Pactual, em seu recente relatório sobre o setor de Alimentos & Bebidas, apresentou suas projeções e análises para duas grandes empresas do segmento: BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3). O banco aborda a complexa relação entre as duas companhias e suas perspectivas de mercado, considerando a participação acionária significativa da Marfrig na BRF.
Índice de conteúdo
A Possibilidade de Fusão entre Marfrig e BRF
O BTG Pactual considera improvável uma fusão entre Marfrig e BRF, apesar da Marfrig deter uma participação de 50,06% na BRF. O banco destaca três fatores principais para essa avaliação:
- Consolidação de Resultados Financeiros: A Marfrig já consolida os resultados financeiros da BRF, o que significa que uma fusão não traria benefícios adicionais significativos nesse aspecto.
- Sinergias Operacionais Limitadas: As sinergias operacionais entre os negócios de carne bovina (gerenciados pela Marfrig) e de aves/processados (gerenciados pela BRF) não são claras. O BTG sugere que qualquer benefício sinérgico potencial já está sendo aproveitado sob a configuração atual.
- Questão do Controle Acionário: Marcos Molina, acionista controlador da Marfrig, manteria uma posição de controle menos dominante em uma entidade combinada, o que poderia ser um impedimento para uma fusão.
Além disso, o banco não vê disposição nem capacidade financeira por parte da Marfrig para adquirir os acionistas minoritários da BRF. Contudo, não descarta possíveis transações pontuais entre as empresas para ativos específicos.
O Dilema da BRF
O BTG Pactual aponta um descompasso entre o valor e o preço das ações da BRF, uma situação que remete a 2019, quando fatores como o ciclo favorável das aves e a Peste Suína Africana na China impulsionaram as margens e a valorização das ações da empresa. Segundo o banco, a estrutura de controle da BRF dificultou a implementação de uma estratégia de longo prazo consistente, mas com a Marfrig como acionista controlador, essa situação parece estar melhorando, indicando um caminho mais claro para o futuro da BRF.
Perspectivas para a Marfrig
A estratégia de longo prazo da Marfrig é vista pelo BTG como mais difícil de ser compreendida, especialmente após a aquisição da participação na BRF. Anteriormente, a Marfrig focava em desalavancagem e simplificação, mas essa nova aquisição parece ir na direção oposta. O BTG expressa uma postura mais cautelosa em relação à Marfrig devido à falta de clareza na alocação de capital e ao nível de alavancagem no balanço da holding.
Recomendações do BTG
O BTG Pactual mantém uma recomendação neutra para as ações de ambas as empresas. Os preços-alvo estabelecidos pelo banco são de R$ 13 para a BRF e R$ 10 para a Marfrig.
Este relatório do BTG Pactual oferece uma visão detalhada e analítica das complexidades e desafios enfrentados por BRF e Marfrig no competitivo setor de Alimentos & Bebidas. As empresas, cada uma com seus desafios e estratégias específicas, continuam a ser relevantes no cenário econômico, enquanto buscam navegar num ambiente de mercado em constante mudança.
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