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Gasolina no Brasil supera preços internacionais, diz Abicom

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Preço da gasolina no Brasil está 8% mais alto que no mercado internacional, revela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) recentemente apontou que o preço da gasolina no Brasil está significativamente mais alto em comparação com os valores praticados no mercado internacional. Esta diferença de preço, estimada em cerca de 8%, vem em um momento em que o valor do petróleo caiu globalmente, mas os preços dos derivados mantiveram-se estáveis nas refinarias da Petrobras.

A situação é ainda mais acentuada na Bahia, onde a Refinaria de Mataripe registra uma defasagem de 15% no preço da gasolina. Este cenário tem implicações diretas para os consumidores brasileiros e para a economia do país.

Discrepância nos preços da gasolina no Brasil em relação ao mercado global

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) destacou uma discrepância notável nos preços da gasolina no Brasil em comparação com o mercado internacional. Segundo a Abicom, a gasolina brasileira está, em média, 8% mais cara do que no exterior, enquanto o diesel apresenta uma diferença menor, de aproximadamente 4%.

Este desequilíbrio surge em um contexto onde o valor do petróleo no mercado global tem diminuído, mas os preços dos derivados nas refinarias da Petrobras permanecem inalterados. Especificamente na Bahia, onde se localiza a única refinaria privada de grande relevância do país, a Refinaria de Mataripe, a diferença de preço para a gasolina chega a 15%, enquanto o diesel é vendido a um preço 1% inferior ao do mercado internacional.

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Essa situação coloca o Brasil em uma posição delicada, pois afeta diretamente os consumidores, que enfrentam preços mais altos nas bombas. Além disso, tem implicações econômicas mais amplas, influenciando a inflação e o custo de vida.

A manutenção dos preços elevados, apesar da queda nos preços do petróleo, levanta questões sobre as políticas de preços da Petrobras e o impacto dessas decisões no mercado interno brasileiro.

Etanol sobe 0,27% na segunda semana de novembro; diesel cai 0,39% e gasolina fica estável

Na segunda semana de novembro, entre os dias 10 e 16, os preços dos principais combustíveis veiculares usados no Brasil apresentaram comportamentos distintos. Enquanto o diesel caiu 0,39%, a gasolina ficou estável e o etanol subiu 0,27%. Ainda assim, o combustível renovável se manteve como opção vantajosa financeiramente para veículos flex em 15 unidades da federação.

Confira, a seguir, esses e outros destaques do levantamento semanal de preços de combustíveis da ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade.

Preço do etanol sobe 0,27% na segunda semana de novembro, com média nacional de R$ 3,700 por litro 

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Combustível renovável está vantajoso financeiramente, em relação à gasolina, em 15 unidades federativas

O preço do etanol hidratado (usado diretamente como combustível veicular) nos postos de combustíveis apresentou aumento de 0,27% no período de 10 a 16 de novembro, em comparação com a semana anterior (3 a 9 de novembro), com valor médio de R$ 3,700 por litro — variação positiva de R$ 0,01. As informações constam do levantamento exclusivo feito pela ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil.

Os dados mostram que as unidades federativas que registraram os maiores aumentos foram Pará (4,18%), Bahia (3,91%) e Goiás (2,75%).

O menor preço médio foi registrado em Mato Grosso, a R$ 3,467; na outra ponta, Amazonas apresentou a maior média, a R$ 4,581. 

“Após as sucessivas quedas em outubro e na primeira semana de novembro, a alta do etanol nesta semana pode ser um sinal que o mercado entrou em fase de acomodação dos preços”, diz Brendon Rodrigues, Head de Inovação e Portfólio da ValeCard. 

A oscilação de preços influi diretamente na decisão de motoristas que possuem carros com motores flex. Segundo a ValeCard, para que o uso de etanol hidratado compense financeiramente em relação à gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o preço do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil. 

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Considerando essa metodologia, na segunda semana de novembro valeu a pena abastecer com etanol nas seguintes unidades federativas: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo.

Preço médio do litro do etanol hidratado (R$) – 2023

 
UF
10 a 16 de novembro3 a 9 de novembroVariaçã  (R$)Variação  (%)
AL4,2804,335-0,055-1,27%
AM4,5814,598-0,017-0,36%
BA4,2054,0470,1583,91%
CE4,4954,4360,0591,32%
DF3,6903,718-0,028-0,74%
ES4,2904,45-0,160-3,61%
GO3,5773,4810,0962,75%
MA4,5124,526-0,014-0,30%
MG3,8053,7980,0070,17%
MS3,7673,858-0,091-2,35%
MT3,4673,513-0,046-1,32%
PA4,0273,8650,1624,18%
PB4,1274,0790,0481,17%
PE4,0664,119-0,053-1,29%
PI3,7573,84-0,083-2,17%
PR3,9013,93-0,029-0,74%
RJ4,0514,0470,0040,10%
RN4,3184,2380,0801,88%
RS4,1544,185-0,031-0,74%
SC4,2204,303-0,083-1,93%
SE4,0144,015-0,001-0,03%
SP3,5523,5510,0010,03%
TO4,1644,238-0,074-1,75%

Comparação entre preços da gasolina e do etanol

EstadoGasolinaEtanolPercentual (etanol/gasolina)
AL6,2204,28069%
AM6,4664,58171%
BA6,0764,49574%
CE6,0353,69061%
DF5,6604,29076%
ES6,0653,57759%
GO5,7084,51279%
MA5,8293,80565%
MG5,9023,76764%
MS5,8963,46759%
MT6,0804,02766%
PA6,4524,12764%
PB5,8064,06670%
PE5,8373,75764%
PI5,8263,90167%
PR5,8954,05169%
RJ5,8314,31874%
RN5,6444,15474%
RS5,7353,55262%
SC5,8174,16472%
SE6,2924,41870%
SP5,6943,57663%
TO6,1974,44772%

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