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PRIO3 vale a pena? Veja preço‑alvo da ação para 2025

Descubra se vale a pena investir em PRIO3! Veja o preço-alvo atualizado da ação, entenda os planos da empresa, os riscos e oportunidades.

PRIO3 vale a pena? Veja preço‑alvo da ação para 2025

A PRIO (código PRIO3 na B3) virou queridinha de muitos na bolsa, e não é à toa. A empresa vem crescendo bastante, comprando campos de petróleo que ninguém queria mais e crescendo muito com essa estratégia. Mas com tanta movimentação, será que ainda dá tempo de entrar? Será que vale o risco ou o bonde já passou?

Neste post, vamos ver o preço-alvo da ação, as últimas aquisições, os números da empresa e, claro, tenta responder à pergunta que não quer calar: PRIO3 ainda vale a pena?

Preço-alvo e expectativa de valorização

Segundo dados do TradingView, o consenso de 13 analistas indica um preço-alvo médio de R$ 56,07, com estimativas variando entre R$ 43,20 e R$ 65,43 em 12 meses.

Atualmente, em julho de 2025, o papel gira em torno de R$ 42,18, o que representa:

  • Até ~33% de valorização se atingir o alvo médio (de R$ 56).
  • Até 55% de upside se alcançar o limite superior (≈ R$ 65).

Na visão da Genial Investimentos, o preço-alvo está mais otimista: R$ 69, representando um potencial de ~+64%

O que está por trás das estimativas?

Vamos entender então os motivos que levaram a essas fortes estimativas de preço da PRIO3.

Aquisição de 60% do Campo de Peregrino

Em maio de 2025, a PRIO anunciou a compra da participação remanescente de 60% do campo de Peregrino, até então na mão da Equinor e Sinochem, por cerca de US$ 3,3 bilhões, um dos maiores movimentos de M&A (Mergers and Acquisitions/Fusões e Aquisições) da história da empresa.

Mas o que a PRIO vê nesse campo? Peregrino é um ativo de produção relevante, com grande potencial de otimização. Agora com 100% de controle, a PRIO poderá aplicar seu modelo de gestão, como fez em outros campos.

Segundo estimativas da Genial, só esse movimento já adiciona imediatamente cerca de R$ 3 por ação ao preço-alvo, o que resulta nas projeção otimista de R$ 69 dada por eles – considerando as sinergias esperadas e o novo potencial da empresa.

Geração de caixa e sinergias operacionais

A expectativa de retorno financeiro com Peregrino é alta e quiçá imediata. De acordo com a Genial, a consolidação total do campo pode gerar cerca de US$ 500 milhões de fluxo de caixa já em 2025, o que reforça o perfil de forte geração de caixa da PRIO.

Além disso, a empresa prevê sinergias operacionais relevantes, como:

  • Substituição do uso de diesel por gás natural no FPSO (mais eficiente e barato),
  • Redução de custos logísticos e administrativos com a centralização da operação,
  • Aproveitamento da estrutura de capital e expertise já desenvolvida pela PRIO em outros campos maduros.

Com esses ajustes, a estimativa de Taxa Interna de Retorno (TIR) real para o projeto fica entre 15% e 25%, o que é considerado excelente para o setor de óleo e gás.

Outro ponto que anima os analistas é o impacto sobre os custos de produção. O chamado lifting cost (custo de extração por barril) pode cair para US$ 7–8, colocando a PRIO entre as petroleiras com operação mais enxuta e lucrativa do país.

Crescimento esperado: PRIO mirando os 150 mil bpd

A PRIO segue em ritmo acelerado de expansão e projeta atingir mais de 150 mil barris por dia (bpd) até 2026. Esse aumento deve vir com a entrada em operação dos campos Wahoo e Tubarão Martelo, que estão em fase final de licenciamento ambiental.

Esses novos ativos reforçam essa estratégia da empresa que já mencionamos: comprar campos maduros, extrair valor com eficiência operacional e aumentar a produção com custos reduzidos.

No 1º trimestre de 2025, já temos bons números

  • Receita líquida de US$ 726 milhões (+14% em relação ao ano anterior);
  • EBITDA de US$ 445 milhões;
  • Geração de caixa livre anualizada equivalente a 17% do valor de mercado, o que demonstra alta rentabilidade.

Um pouco da história da PRIO

PRIO3 vale a pena?
PRIO3 vale a pena?

Fundada em 2009 com o nome HRT Petróleo, a empresa quase foi à falência após uma sequência de erros nas campanhas de exploração. Mas em vez de desaparecer, ela deu a volta por cima.

Sob a liderança de Roberto Monteiro, a companhia mudou de rota, adotou o nome PetroRio (hoje apenas PRIO) e passou a focar naquela estratégia: comprar e revitalizar campos maduros, operar com eficiência e extrair o máximo valor de ativos esquecidos por grandes petroleiras.

O IPO veio logo em 2010, mas foi só a partir de 2015 que a nova PRIO começou a ganhar tração de verdade. Com foco em disciplina operacional, a empresa conseguiu transformar campos que estavam em déficit!

Hoje, a PRIO é reconhecida como a maior petroleira independente do Brasil, virando referência em execução no setor de óleo e gás.

Pontos positivos x Riscos

Positivos:

  • Bom potencial de valorização: de acordo com projeções do mercado, a ação pode subir de 33% a 64% nos próximos meses, dependendo da execução e dos preços do petróleo.
  • Foco no que dá resultado: a PRIO é muito eficiente em gerar caixa. Produz bastante, gasta pouco e tem uma gestão bem controlada.
  • Histórico de aquisições bem feitas: campos como Peregrino, Albacora Leste e Dommo são exemplos de como a empresa consegue comprar barato, investir e aumentar a produção.
  • Custo por barril baixo: após otimizações, o custo de extração (lifting cost) pode ficar abaixo de US$ 10, o que dá mais margem de lucro mesmo com o petróleo oscilando.

Riscos:

  • Dependência de fatores externos: o desempenho da PRIO ainda depende do preço internacional do petróleo (Brent) e de licenças ambientais e regulatória.
  • Mais dívida no curto prazo: com a compra de Peregrino, a empresa vai aumentar sua alavancagem. A relação dívida/EBITDA pode chegar a 2x, o que exige atenção nos próximos trimestres.
  • Riscos de execução: como qualquer empresa que cresce comprando outros ativos, existe o risco de atrasos na operação, custos maiores que o previsto ou sinergias que não se concretizam.

Preço-alvo x realidade

FontePreço-alvoPreço atualPotencial
TradingView (média 13 analistas)R$ 56R$ 42+33%
GenialR$ 69R$ 42+64%

Vale a pena investir em PRIO3?

Se você quer investir no setor de petróleo com uma boa relação entre risco e retorno, a PRIO3 continua sendo uma boa aposta e vale a pena.

A tese de compra ainda se sustenta: o preço-alvo médio está acima de R$ 56, podendo chegar a R$ 69 se a empresa entregar tudo o que está planejando.

Os fundamentos também são fortes: gera um bom caixa, tem custo baixo por barril e segue firme na estratégia de comprar ativos com potencial e transformá-los em operações lucrativas.

Fique de olho nos próximos passos:

  • Licenciamento do campo de Wahoo, esperado para o 1º semestre de 2026;
  • Consolidação da compra de Peregrino, prevista para o final de 2025 ou início de 2026;
  • E claro, a entrega operacional nos campos já adquiridos.

Se tudo correr dentro do planejado, a PRIO3 tem espaço para crescer ainda mais e fazer vale a pena para quem tiver paciência no médio e longo prazo.

Anna Oliveira
Anna Oliveira

Formada em Letras pela UFPR, é redatora e professora de português.

Formada em Letras pela UFPR, é redatora e professora de português.