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A Guide divulgou sua visão para 2021, caracterizado por ela como “um piquenique à beira de um vulcão”. De acordo com ela, mesmo com a visão positiva para o fim da pandemia, ainda temos um grande problema fiscal – nosso vulcão.
Além disso, a corretora espera a continuidade do movimento de retomada econômica, projetando um crescimento de 3% no PIB de 2021, mesmo que de forma incerta no primeiro semestre. Entretanto, não descarta a possibilidade de uma nova onda de contaminações, mas de forma mais controlada.
Como um dos principais desafios para o governo, a Guide pontua o mercado de trabalho, estimando uma taxa de desemprego em 16,1% ao final do ano.
Ademais, vê como “indispensáveis” os avanços das PECs Emergencial e do Pacto Federativo. Dessa forma, a aprovação de um orçamento que respeito o teto de gastos permitirá que o Banco Central mantenha sua política monetário expansionista.
Política monetária
“a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima do usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”.
Copom em seu último comunicado.
Assim sendo, segundo a Guide, a alta ociosidade da economia deve se manter devido a falta de previsibilidade, alta taxa de desemprego e a extinção das medidas de transferência de renda.
Dessa forma, avaliam o balanço de riscos com viés baixista para a inflação, corroborando com a Selic em 2%. Todavia, terá efeito negativo na renda.
Além disso, na visão do Banco Central, a inflação de 2020 é fruto de desequilíbrios temporários de oferta e demanda. Portanto, não é uma inflação estrutural que se deriva na alta dos preços. Mesmo que nociva à população, tende a se dissipar com o tempo.
Por isso, a Guide projeta um IPCA próximo aos 3,40% ao final de 2021, se mantendo abaixo do centro da meta de 3,75% ao longo de 2021. Entretanto, vê o fim do forward guidance, não significando o aumento dos juros de forma mecânica. De acordo com a corretora, a partir do 3º deve começar os aumentos, com a Selic a 2,75% ao final de 2021.
Mas, e o dólar?
O real teve um ano difícil em 2020, extremamente pressionado. O Brasil, que se encontrava numa situação ruim, teve que abrir mão de suas aspirações fiscais para socorrer um país em crise. Dessa forma, vimos a piora de nossa economia.
Além disso, piorando a situação, o Banco Central foi obrigado a reduzir a Selic. Portanto, reduziu ainda mais a atratividade dos nossos investimentos que já era baixa devido nosso risco fiscal.
Entretanto, com mais certeza sobre as eleições norte-americana e corrida das vacinas, o cenário mudou. Uma “rotação de ativos” se iniciou e empresas cíclicas e de commodities ganharam novamente visibilidade. Assim sendo, um grande fluxo para a Bovespa apreciou o real frente ao dólar, fazendo-o chegar próximo dos R$ 5,10. De acordo com os modelos da Guide, a corretora projeta um dólar a R$ 4,80 para o final de 2021.
Por fim, a corretora mostrou sua carteira recomendada para 2021. Confira-a clicando aqui.
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