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O Ibovespa, o mais importante indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3, fechou esta segunda-feira (12) em queda de mais de 2%. Em análise do panorama econômico, o Diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, André Meirelles, aponta que um dos principais motivos para a baixa é a redução de 0,9% no preço do minério de ferro no mercado chinês durante o período da manhã. O setor de mineração é um dos mais expressivos na composição do índice, com peso de cerca de 20% no indicador. As variações no preço do minério de ferro, afirma Meirelles, tendem a influenciar nesse setor.
“Apesar de o governo da China dar indícios de que irá flexibilizar a política de Covid-zero, os problemas de endividamento no setor imobiliário geram preocupação em relação à capacidade de crescimento do país”, explica Meirelles. Segundo ele, o fato gera impactos negativos no preço do minério.
Ainda avaliando o cenário internacional, o Diretor da InvestSmart destaca a expectativa dos investidores pelos dados da inflação dos Estados Unidos,que serão divulgados na terça-feira (13).
“A variação do índice é importante, pois pode influenciar o tom que o Federal Reserve (FED – o Banco Central americano) irá adotar em sua comunicação sobre a decisão dos juros, na quarta-feira (14)”, afirma.
As expectativas do mercado, explica o executivo, são de um avanço de 0,3% na inflação de novembro. “Um valor acima desse número pode pressionar o FED a adotar um tom mais hawkish do quo previsto em relação aos juros, o que pode influenciar negativamente os ativos de risco”, contextualiza Meirelles.
No cenário nacional, os ruídos políticos influenciam na precificação dos ativos.
“Os investidores têm acompanhado de perto as discussões sobre a PEC da transição, que prevê um aumento de R$ 145 bilhões no Teto de Gastos por dois anos”, informa o executivo. Segundo ele, também chamam atenção os nomes que farão parte de pastas estratégicas do próximo governo, como o político Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda.
Segundo André Meirelles, o foco dos investidores ao longo da semana será na divulgação da taxa de juros nos EUA. “As expectativas são de que o FED reduza a magnitude dos aumentos, que passariam de 0,75% para 0,5%”, afirma.
No panorama local, o mercado permanecera atento à divulgação da equipe técnica da Câmara, à votação da PEC da Transição na Câmara e à divulgação da ata do COPOM.
“A divulgação deve trazer sinalização sobre a postura do comitê frente a um possível desarranjo fiscal”, conclui Meirelles.
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