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O mar não estava para peixes nas bolsas globais nesta segunda-feira (21). Investidores estiveram mal humorados e com aversão ao risco durante o pregão de hoje, após as decisões de aperto monetários serem anunciados ao redor do globo.
O aumento e a continuidade dos juros altos afetam diretamente as margens e a força operacional de empresas, que reduzem seus investimentos e aumentam e prologam seus endividamentos. O mercado sabe muito bem disto, e começou a reduzir suas expectativas com o consumo e no mercado de ações global.
O dólar voltou a subir com força sobre os pares nesta segunda-feira, especialmente frente à libra, com investidores ainda repercutindo o pacote fiscal anunciado na sexta-feira pelo governo do Reino Unido.
O BoE frustrou as expectativas de uma atuação emergencial e afirmou que vai agir apenas em sua reunião de política monetária de novembro. Os mercados internacionais mantiveram a trajetória de fuga do risco, pelo segundo dia seguido, incorporando uma chance cada vez maior de recessão global em meio a um quadro de inflação persistente. Aqui, o real teve o pior desempenho entre 33 moedas analisadas, incorporando também a preocupação com as eleições, a seis dias do 1º turno, em uma semana que ainda inclui a briga pela formação da ptax de setembro. A volatilidade implícita de uma semana no mercado de câmbio brasileiro está em 28,5%, a mais alta do mundo neste momento.
O dólar à vista terminou em alta de 2,53%, a R$ 5,3814, maior patamar da moeda em dois meses, depois de oscilar entre R$ 5,2935 e R$ 5,4171. Às 17h10, o dólar futuro para outubro avançava 2,38%, para R$ 5,3940.
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