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Ibovespa registra alta moderada com mercado americano fechado. Pão de Açúcar sobe 22%, enquanto Gol enfrenta desafios.
Em uma sessão marcada pela ausência de eventos relevantes e com o mercado americano fechado em razão do feriado de Martin Luther King, o Ibovespa apresentou um ganho moderado. O índice encerrou o dia com uma alta de 0,41%, atingindo os 131.520,91 pontos, embora o volume financeiro tenha sido relativamente baixo, totalizando apenas R$ 12,2 bilhões.
Um dos destaques do dia foi a ação da PCAR3, que disparou incríveis 22,55% e alcançou o valor de R$ 5,00 por ação. Esse movimento é amplamente atribuído à convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para discutir o aumento do limite de capital da empresa.
Por outro lado, a GOLL4 enfrentou um dia desafiador, com a notícia de que a companhia aérea planeja entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Apesar disso, o papel conseguiu reduzir suas perdas quando surgiram informações sobre negociações para um aporte de capital destinado a manter suas operações.
Entre as empresas do setor financeiro, o destaque ficou com o BBAS3, que registrou um ganho de 1,96%, atingindo R$ 56,20 por ação. Enquanto isso, a VALE3 teve um leve recuo de 0,20%, a R$ 71,55, apesar da queda significativa nos preços do minério de ferro na China.
Dólar fecha em alta com incertezas fiscais no Brasil e cenário global cauteloso
O dólar encerrou o dia em leve alta em relação ao real, revertendo parte da queda recente. Esse movimento se deu em uma sessão de negociações com baixa liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos. No entanto, o principal fator que impulsionou essa correção foi o retorno do risco fiscal ao foco dos investidores no Brasil.
O mercado estava atento à reunião entre Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad, que ocorreu no fim da tarde. O boletim Prisma Fiscal de janeiro trouxe projeções surpreendentes, indicando um déficit primário de R$ 86,143 bilhões em 2024. Essa cifra vai na contramão da meta do governo, que busca alcançar um déficit primário zero para este ano. A incerteza em torno da situação fiscal do país gerou preocupações entre os investidores, levando a um aumento da demanda por dólares.
Além disso, durante a tarde, Fernando Haddad declarou à imprensa que apresentaria a Rodrigo Pacheco uma estimativa mais precisa da renúncia de receita relacionada à desoneração da folha de pagamentos. Essa questão fiscal se tornou um ponto de debate, pois a Fazenda havia divulgado números diferentes, inicialmente de R$ 25 bilhões, depois R$ 20 bilhões e, por último, um impacto anual de R$ 16 bilhões. Essa discrepância nos números adicionou ainda mais incerteza ao cenário econômico.
No mercado internacional, sem a referência dos Estados Unidos devido ao feriado, as moedas de países produtores de commodities foram afetadas pela queda nos preços do petróleo e do minério de ferro. Além disso, as declarações cautelosas dos membros do Banco Central Europeu (BCE) indicaram que os juros na Europa podem não subir tão cedo quanto o esperado pelo mercado. Esses fatores globais contribuíram para a valorização do dólar frente a outras moedas.
No fechamento, o DI para Jan25 ficou em 10,070%, (de 10,069%, na 6ªF). O DI Jan26 recuou a 9,640% (de 9,650%). O Jan27 subiu a 9,780% (de 9,771%); Jan29, a 10,175% (10,159%); Jan31, a 10,400% (10,395%); e Jan33, a 10,510% (10,487%).
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