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De quem é a culpa? A crise da Americanas com a descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões disparou uma série de alertas no mercado financeiro brasileiro. Com a polêmica, rapidamente vimos o mercado interpretar que o prejuízo iria recair sobre as instituições financeiras, credores das movimentações da varejista. Para o Itaú (ITUB4), a movimentação serve de alerta e de aviso para que o mercado tenha em mente, que as instituições financeiras não são as verdadeiras culpadas.
O banco disse hoje que as chamadas cartas de circulação são apenas um instrumento de apoio às auditorias na verificação de informações contábeis fornecidas pelas companhias.
Além disso, afirmou ainda ser “leviana” a tentativa de atribuir aos bancos responsabilidades sobre práticas irregulares de empresas. As cartas foram ao epicentro da disputa entre os bancos credores da Americanas SA (AMER3) e os acionistas de referência da varejista, que, no domingo, divulgaram nota na qual afirmaram que os bancos sempre aprovaram as cartas encaminhadas pelos auditores que aprovaram as demonstrações financeiras da companhia.
A manifestação de Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles desagradou aos bancos, que chegaram a ameaçar de deixar de fazer operações financeiras com outras empresas que tenham a presença do trio. “O Itaú Unibanco esclarece que a elaboração e aprovação das demonstrações financeiras que espelhem a realidade da companhia são responsabilidade única e exclusiva da administração da empresa, incluindo sua diretoria e seu conselho, e sem nenhuma influência dos bancos ou outros credores”, disse a instituição, em comunicado.
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