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IPO (Oferta Pública Inicial): O que é? Aprenda o significado na prática

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Se você acompanha o mundo do mercado financeiro, como noticiário já percebeu que a sigla IPO (Oferta Pública Inicial) está sendo muito usado e deu ar da graça nos últimos anos. No mercado, a expectativa é que para esse ano, seja lançado ao menos 30 empresas, confira a agenda de IPO de 2021, clicando aqui!

Acreditamos ser complicado acessar qualquer notícia do mercado financeiro e não encontrar algo relacionado a Oferta Pública Inicial (IPO). Isso é um termo vindo do inglês, chamado de Initial Public Offering, e é um dos eventos mais importantes para os investidores.

Nesse conteúdo, vamos te explicar o que é um IPO, como ele funciona e como funciona na prática. Dessa forma, você vai conseguir tirar todas as suas dúvidas sobre o que é esse termo.

Confira abaixo!

IPO: O que é?

O termo Initial Public Offering — Oferta Pública Inicial — é um processo no qual uma empresa abre seu capital social pela primeira no mercado. Dessa forma, recebe sócios por meio de uma oferta de ações no mercado.

Nesse sentido, isso abre a possibilidade de qualquer pessoa investir nela, tornando-se acionista. Em resumo, transforma-se em uma empresa de capital aberto. Com isso, suas ações serão negociadas no mercado, por meio da bolsa de valores brasileira (B3).

Entretanto, é importante destacar que quando uma empresa é de capital aberto (após do IPO) é aquela que, de acordo com a legislação brasileira, pode ter seus valores mobiliários — ações, títulos de créditos representativos de empréstimos e notas promissórias — negociadas de forma pública.

Nesse sentindo, vamos ressaltar que algumas empresas brasileiras que fizeram IPOs e atualmente são de capital aberto que pode exemplo, são como a Petrobras (PETR3 ou PETR4), a Vale (VALE3), o Itaú (ITUB4 ou ITUB3) e o Bradesco (BBDC4 ou BBDC3).

No entanto, aqui no Brasil as ofertas públicas iniciais (IPO) são enormes. Dessa forma, podendo até atingir centenas de milhões de reais.

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Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), os IPOs movimentaram R$ 10,2 bilhões em 2019 – alta de 51,7% em relação a 2018.

Dessa maneira, as empresas que realizaram IPOs normalmente são aquelas que já tem uma certa experiência e também maturidade no seu modelo de negócios.

Entretanto, já existem algumas iniciativas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com a intenção de fomentar o acesso à capital de empresas médias. Dessa forma, a empresa não precisa a recorrer com empréstimos e vai para o caminho de abertura de capital social.

A principal vantagem para a empresa é que ela obtém dinheiro sem precisar pagar juros.

Como funciona?

O processo de oferta pública inicial — IPO é complexo, pode demorar até 3 anos e pode chegar a custar mais de R$ 2 milhões em taxas e despesas. Entretanto, esse é um processo demorado, não acontece de uma hora para a outra.

Dessa forma, confira as principais etapas do processo abaixo:

Planejamento para a oferta pública inicial

O primeiro passo e necessário é montar uma equipe de planejamento para o IPO, sendo ideal colocar uma pessoa responsável para ser o gerente do projeto. Dessa maneira é preciso montar uma equipe certa, que consistem em banqueiros de investimentos, advogados, contadores e até especialistas da CVM no Brasil.

Após a equipe é formada, é preciso juntas as informações para a oferta pública inicial (IPO), pelo fato que investidores não vão querer investir em uma empresa que não tem informações financeiras objetivas. Portanto, o planejamento e preparação da empresa geralmente é o processo mais longo do processo do IPO.

Além disso, o planejamento conta já com mudanças na gestão e juntamente com um novo conselho de administração para a conduzir a nova empresa pública.

Um outro detalhe é que a legislação também exige que a empresa apresente os três últimos anos de balanços auditados. Com isso, é importante que a companhia já tenha por hábito submeter seus resultados ao exame minucioso por uma auditoria. Entretanto, caso não tenha essas dados do período auditado, vai ser necessário esperar o tempo que for para ter os números certos em mão, que a partir dai você já pode passar para o próximo passo.

Apresentação para o mercado

Dessa forma, depois do processo de planejamento estiver estruturado, está na hora de fazer a divulgação e apresentação para o mercado. Normalmente, usam o termo “Roadshow” — que é o nome das reuniões de apresentação da empresa e a da oferta para o mercado.

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Nesse sentido, isso é realizado pelas instituições financeiras que a companhia que está interessada em fazer o IPO contratou. Dessa forma, a assessoria entra em contato com analistas, potenciais investidores e até mesmo corretoras.

Em resumo, essas reuniões servem para fazer apresentação da empresa para o mercado. Além disso, serve para despertar o interesse sob a empresa. Os executivos respondem às dúvidas que o público possa ter. Dessa forma, deixando os interessados e confortáveis de investir na empresa.

Registro e Prospecto

Acreditamos que seja o passo mais burocrático, sendo necessário realizar registro da companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e solicitar a listagem à bolsa de valores brasileira (B3). Isso porque as empresas devem solicitar autorização para realizar a venda de suas ações ao público.

Após isso, vem o prospecto que é um documento, que contem centenas de páginas, apresentando as informações essenciais para que o investidor entenda a companhia que está abrindo o capital.

Bookbuilding

Enquanto os grandes investidores já demonstraram interesse em investir na companhia por meio dos roadshows, esse é o momento para os investidores não-institucionais realizarem suas reservas.

Isso é um mecanismo que considera a quantidade de ações e a que valor que os investidores indicaram que querem estabelecer o preço, portanto o valor do IPO depende da demanda do mercado, visto que a oferta é limitada.

Portanto, quanto maior a demanda, maior o preço das ações no IPO.

Quais as vantagens da empresa ao fazer IPO?

Primeiramente, se a empresa tem uma gestão saudável e um mercado favorável, atrairá o interesse de vários investidores. No entanto, quando ela realiza esse processo, leva a empresa a uma expressiva arrecadação com a abertura de capital. Nesse sentido, esse processo reforça o capital da empresa. Com isso a empresa pode realizar investimentos, pagar suas dívidas, além de ter uma geração de caixa equilibrada.

Entretanto, é importante destacar que quando a empresa tem seu capital aberta, ela passará a ser regulada e monitorada pelos órgãos competentes. Isso é bom pelo fato que trará segurança e transparência de seus atos aos investidores. Dessa maneira, quando a empresa realiza a abertura da capital, a empresa buscará novas práticas de governança corporativa e de compliance.

Além disso, o IPO é vantajoso para a empresa, porque a empresa pode captar dinheiro via dívidas, pegando emprestimos. Entretanto, a empresa deve pagar juros, tornando em algo que pode ser custo.

Ofertas primárias x ofertas secundárias

Provavelmente você já deve ter ouvido falar que existem duas categorias de ofertas de ações: as ofertas primárias e as secundárias. E apesar de o nome parecer ser apenas que “colocação”, são ofertas diferentes na origem dos papéis quanto no destino dos recurso slevantados.

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Nas ofertas primárias, a própria empresa reserva uma porcentagem da empresa e oferece ela no mercado por meio de ações. Dessa forma, os recursos obtidos com os investidores no IPO vão para a empresa. Ou seja, é uma maneira de a empresa se financiar ou captar recursos para seu capital social.

Entretanto, nas ofertas secundárias já muda, quem vende as ações é o investidor e/ou algum de seus atuais sócios. Em resumo, as ações da oferta secundarias já foram ofertas primarias, mas agora que detêm elas são pessoas, com isso quando faz a venda das ações os recursos vão para o vendedor e não as empresas.

Quais empresas podem realizar um IPO?

Há uma série de regras para uma empresa poder realiza uma oferta pública inicial (IPO). Entretanto, existe uma principal regra é que ela precisa está como juridicamente como uma S/A (Sociedade Anônima), onde o capital social da empresa é dividido em ações/quotas.

Além disso, é necessário emitir relatórios relacionados ao financeiro da empresa, aspectos fiscais e da própria estrutura societária.

Quais as diferenças entre IPO, OPA e Follow-on?

Acreditamos que você já deve ter entendido o que é uma oferta pública inicial (IPO). Entretanto, além do IPO existem outros dois termos do mercado financeiro que é relacionado ao IPO, que é o OPA e o Follow-on

Nesse sentido, confira um guia abaixo sobre os três conceitos de forma bem resumida:

  • IPO: o IPO (Oferta Pública Inicial) é quando a empresa decide abrir o capital pela primeira vez no mercado financeiro. A empresa se torna de capital aberto e vende suas ações diretamente aos compradores.
  • OPA: A oferta pública de aquisição de ações, conhecida no mercado como OPA, é a oferta na qual um determinado proponente manifesta o seu compromisso de adquirir uma quantidade específica de ações, a um preço e prazo determinados, respeitando determinadas condições.
  • Follow-on: Quando uma empresa faz sua primeira oferta pública de ações, essa operação recebe o nome de IPO (Initial Public Offer). Follow-on é o nome dado, quando a empresa já realizou um IPO e faz uma oferta depois do IPO.
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