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Na noite desta segunda-feira, 16, a Rede D’Or São Luiz lançou os termos e condições de seu IPO, que caso saia no topo da faixa de preço, a empresa teria um valuation de R$ 127 bilhões.
Entretanto, a oferta secundária de R$ 5 bilhões, que daria a saída da Carlyle foi cancelada. Dessa forma, houve a redução da oferta para R$ 8,2 bilhões – usando como base a média da faixa indicativa de preço.
O Carlyle comprou 8,3% da Rede D’Or em 2015, por R$ 1,5 bilhões. De acordo com ele, não venderá sua parte pois acredita que o preço da oferta ainda não está suficientemente alto.
Grandes gestoras estariam interessadas na abertura de capital da empresa, como a Dynamo, Atmos, Constellation – de Florian Bartunek – LTS (de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira). Além da Durable Capital Partners, a grande gestora que ancorou o IPO da XP no ano passado.
De acordo com o prospecto, a faixa de preços indicativa da oferta varia entre R$ 48,91 e R$ 64,35. Dessa forma, considerando apenas a oferta base de ações, de 145.677.487 ações, e a mediana de preço de R$ 56,63, a abertura pode captar R$ 8,249 bilhões.
Sobre a Rede D’Or
A Rede D’Or, fundada pelo cardiologista Jorge Moll Filho, é a maior companhia hospitalar da América Latina, possuindo 52 hospitais e 8 mil leitos.
Nesse ano, a companhia deve faturar algo em torno de R$ 13,7 bilhões, alcançando um EBITDA de R$ 3 bilhões e um lucro líquido de R$ 492 milhões. Além disso, alguns investidores modelam um crescimento de 25% ao ano da receita, por meio de aquisições e crescimento já contratado.
Dessa forma, com R$ 8 bi indo pro caixa da companhia após o IPO, a Rede D’Or pode visar aquisições estratégicas. Isto é: redes de hospital regional, negócios complementares em medicina diagnóstica e também redes de clínicas de nicho.
Por fim, vale lembrar que o preço será definido em 8 de dezembro, enquanto a estreia na B3 (B3SA3) será no dia 10.
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