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O mercado imobiliário de São Paulo testemunhou um movimento histórico com a aquisição do edifício Faria Lima 3500 pelo Itaú Unibanco. O negócio, fechado por quase R$ 1,5 bilhão, não apenas colocou o Itaú como proprietário de sua sede do Itaú BBA, mas também marcou a maior negociação de um edifício na cidade. A venda foi realizada por um fundo imobiliário da Brookfield, destacando o dinamismo do setor de imóveis comerciais de alto padrão.
A “Faria Lima” refere-se à Avenida Brigadeiro Faria Lima, uma das principais avenidas da cidade de São Paulo, Brasil. Ela é frequentemente usada como um símbolo do mercado financeiro e de investimentos do país, devido à alta concentração de bancos, fundos de investimento, corretoras, startups e empresas de tecnologia financeira (fintechs) localizadas ao longo e nos arredores desta via.
A influência da Faria Lima no mercado de investimentos brasileiro é significativa por vários motivos:
- Centro Financeiro: A região é um importante centro financeiro do Brasil, com várias das maiores instituições financeiras do país situadas ali. Essa concentração facilita as interações e negociações entre diferentes entidades financeiras.
- Decisões de Investimento: As empresas e instituições localizadas na Faria Lima desempenham um papel crucial nas decisões de investimento em todo o país. Elas gerenciam grandes volumes de ativos e influenciam a direção dos mercados de ações, títulos e outros instrumentos financeiros.
- Inovação e Tecnologia: A região tem se tornado um polo para startups de tecnologia, especialmente fintechs, que estão inovando no setor de serviços financeiros. Isso inclui o desenvolvimento de novas plataformas de investimento, pagamentos e gestão financeira.
- Impacto Econômico e Político: Decisões tomadas pelas empresas na Faria Lima podem ter um impacto significativo na economia brasileira como um todo. Isso inclui influenciar políticas econômicas e regulatórias, dada a sua importância no setor financeiro.
- Percepção de Mercado: A “Faria Lima” também se tornou um termo culturalmente significativo, representando não apenas uma localização física, mas também uma mentalidade associada ao mundo dos negócios e finanças de alto nível.
A compra, concretizada no final de dezembro, teve o valor exato de R$ 1.458.870.160,00, pagos à vista. O edifício, situado em uma localização privilegiada da Avenida Faria Lima, tem uma área privativa de 22.786 metros quadrados, resultando em um custo de R$ 64 mil por metro quadrado. Esse valor por metro quadrado coloca o Faria Lima 3500 entre os imóveis mais valorizados da região, ao lado de construções como o Plaza Iguatemi, o Amauri 255, o Pátio Malzoni e o Birmann 32, conhecido como o ‘prédio da Baleia’.
O edifício Faria Lima 3500 é um símbolo de modernidade e sofisticação, recheado de obras de arte modernistas e com uma arquitetura imponente. Ele foi desenvolvido pela Tishman Speyer especificamente para o Itaú no regime de ‘build to suit’ e foi adquirido pela Brookfield em 2014, logo após a conclusão da obra. Desde o primeiro dia, o Itaú BBA ocupa o prédio como único inquilino, o que reforça o caráter estratégico da aquisição para o banco.
A compra do edifício por um valor recorde reflete não apenas a importância estratégica do imóvel para o Itaú, mas também a pujança do mercado imobiliário de alto padrão na Faria Lima, região que se consolida como um dos principais centros financeiros e corporativos de São Paulo. Outras transações recentes na área, como a venda de 62% do Infinity – edifício que abriga as sedes do Credit Suisse, Goldman Sachs, Meta e Bloomberg – por R$ 850 milhões, demonstram a valorização constante e o interesse contínuo por propriedades de elite na região.
Um aspecto interessante da negociação do Faria Lima 3500 é a possibilidade mencionada de aumentar a Área Bruta Locável (ABL) do prédio. Isso poderia ser alcançado mediante a compra de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs) ou com mudanças na Operação Urbana Faria Lima, a legislação municipal que regula o potencial construtivo na região. Atualmente, a relação terreno/ABL do prédio é limitada, pois a Tishman não adquiriu CEPACs na época da incorporação.
Além do impacto direto no mercado imobiliário, a aquisição tem significados mais amplos. Para o Itaú, representa um investimento substancial em um ativo estratégico, garantindo o controle total sobre a sede do Itaú BBA. Para o mercado, sinaliza a vitalidade e a atratividade contínua da Avenida Faria Lima como um centro de negócios premium.
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