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A melhora dos cenários interno e externo impulsiona queda nos juros futuros, refletindo maior demanda por ativos de risco.
Os juros futuros apresentaram queda significativa em decorrência da melhora nos cenários interno e externo. A aprovação do projeto do teto pela Câmara nos Estados Unidos e a aprovação da MP dos Ministérios na Câmara e no Senado no Brasil abriram espaço para uma maior demanda por ativos de risco. Isso resultou em uma redução dos prêmios nas taxas dos DIs na B3.
A queda dos juros dos Treasuries e do dólar, bem como a alta das bolsas, contribuíram para a tendência de baixa nos contratos. Além disso, o desempenho positivo do PIB do primeiro trimestre foi um pano de fundo favorável para os juros. Economistas destacam que, apesar do crescimento surpreendente, a economia mais aquecida não deve alterar a trajetória de corte da Selic, que está prevista para iniciar em setembro.
O resultado do PIB, especialmente impulsionado pelo setor agropecuário, tende a ser deflacionário e neutro para a política monetária. O mercado espera cortes na Selic a partir de setembro. No fechamento, diversos contratos de DI apresentaram quedas nas taxas.
Melhora nos cenários interno e externo impulsiona queda nos juros futuros, enquanto expectativa de cortes na Selic se mantém
Os juros futuros registraram uma queda expressiva impulsionada pela melhora nos cenários interno e externo. A aprovação do projeto do teto pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e a aprovação da MP dos Ministérios na Câmara e no Senado brasileiros criaram um ambiente propício para uma maior demanda por ativos de risco, o que resultou em uma redução nos prêmios nas taxas dos DIs na B3.
Durante o dia, os contratos oscilaram em torno dos ajustes do dia anterior, mas ganharam impulso para baixo à medida que os juros dos Treasuries e o dólar ampliaram a queda, ao mesmo tempo em que as bolsas apresentaram alta. Além disso, o desempenho positivo do PIB do primeiro trimestre foi um fator de apoio para a queda nos juros futuros.
Segundo Sergio Vale, da MB Associados, o crescimento da economia, especialmente no setor agropecuário, não implica uma mudança na trajetória de corte da Selic, que está prevista para iniciar em setembro.
Ele destaca que o PIB “cresceu onde tinha de crescer” e que isso ajudará na dinâmica inflacionária. Essa opinião é compartilhada pelo Barclays, que também projeta cortes na Selic a partir de setembro, considerando o resultado do PIB como neutro para a política monetária, uma vez que a surpresa concentrou-se no setor agropecuário, que tende a ter um efeito deflacionário.
No fechamento do mercado, diversos contratos de DI apresentaram queda nas taxas. O DI Jan24, por exemplo, caiu para 13,195%, o DI Jan25 para 11,445%, o DI Jan26 para 10,830%, o DI Jan27 para 10,860%, o DI Jan29 para 11,190% e o DI Jan31 para 11,440%.
Esses movimentos refletem a expectativa de cortes na Selic a partir de setembro e refletem o ambiente favorável tanto no cenário interno quanto no externo. Os investidores continuarão atentos aos próximos desenvolvimentos econômicos e políticos, buscando oportunidades e avaliando os impactos nas taxas de juros.
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