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23 07 2020 parlamento uniao europeia
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Macron desiste de acordo entre Mercosul e União Europeia

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O presidente francês, Emmanuel Macron, intensifica sua oposição ao acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Ele alega que o acordo não estabelece regras equitativas para os agricultores e industriais europeus em comparação com o Mercosul, o que ele considera prejudicial à economia francesa.

Essa postura tem implicações significativas, já que, recentemente, Macron pediu à presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, que suspenda as negociações em andamento.

O presidente francês argumentou que as disparidades regulatórias podem prejudicar ainda mais os agricultores europeus. Macron busca proteger os interesses dos agricultores franceses, mas isso o coloca em uma posição delicada, especialmente com as eleições se aproximando e a crescente influência da União Nacional de Marine Le Pen.

Preocupações com o mercado agrícola

Essa intensa resistência ocorre em meio a protestos de agricultores na França, que estão preocupados com a concorrência estrangeira e os potenciais efeitos adversos desse acordo em sua indústria.

Macron também manifestou inquietação com as importações de grãos e frangos ucranianos mais acessíveis para a Europa. Ele alega que esses produtos importados não seguem os mesmos padrões e regulamentos rigorosos aplicados na UE. Isso coloca os agricultores franceses em desvantagem competitiva.

Um exemplo notável das disparidades regulatórias mencionadas por Macron é a proibição francesa do uso de antibióticos para acelerar o crescimento de frangos. A prática é comum em alguns países sul-americanos. O presidente francês argumenta que tais discrepâncias nas regulamentações podem prejudicar ainda mais os agricultores europeus.

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No entanto, a Comissão Europeia afirmou que as negociações com o Mercosul ainda estão em andamento em nível técnico, com o foco da UE em garantir que o acordo atenda aos objetivos de sustentabilidade do bloco, incluindo as preocupações no setor agrícola. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre quando ocorrerão as próximas rodadas de negociação.

O acordo comercial entre a UE e os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) tem sido objeto de negociação por mais de duas décadas. Embora um texto final tenha sido anunciado em 2019, ele nunca foi implementado devido a novas demandas ambientais da UE.

Macron enfrenta pressões internas

Além disso, o presidente francês enfrenta desafios políticos internos após uma reformulação de seu governo e a aprovação de uma polêmica lei de imigração, o que desagradou membros mais inclinados à esquerda de seu partido.

A oposição de Macron ao acordo gerou reações em seu próprio país. Cerca de 100 parlamentares de seu partido enviaram uma carta a Von Der Leyen alertando sobre os “perigos” do acordo Mercosul para os agricultores franceses, chamando-o de “anacrônico”. Isso demonstra que a oposição a esse acordo não é apenas uma preocupação pessoal dele. É também uma questão política interna que envolve membros de seu próprio partido.

A resistência de Macron ao acordo também coincide com sua tentativa de reformular seu governo e nomear um novo primeiro-ministro. Essas mudanças ocorrem após a aprovação de uma lei polêmica de imigração em dezembro. A aprovação contou com o apoio da extrema-direita e desagradou aos membros mais inclinados à esquerda de seu partido.

Macron vem ao Brasil

A viagem planejada de Macron ao Brasil em março será observada de perto para ver como essa questão se desenvolverá nas próximas semanas e meses. Ele está confiante de que sua posição em relação ao Mercosul não afetará o relacionamento com Brasília. No entanto, os protestos dos agricultores, que começaram no início deste mês, colocam Macron em uma posição delicada, especialmente à medida que a União Nacional de Marine Le Pen busca capitalizar o movimento.

Em resumo, a resistência crescente de Macron ao acordo Mercosul-UE reflete preocupações significativas sobre a concorrência desigual e as disparidades regulatórias. Além disso, essa oposição ocorre em um momento crítico para Macron, com desafios políticos internos e uma eleição iminente. O desenrolar dessa questão terá implicações duradouras nas relações comerciais internacionais e nas políticas domésticas da França.


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