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Camilo Fernandes dos Santos, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, foi confirmado como presidente do Postalis após voto de minerva.
Camilo Fernandes dos Santos, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e ligado ao PT, foi confirmado nesta segunda-feira (17), como novo presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios.
Nomeação gera preocupação sobre interferência política na gestão do fundo de pensão
O Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, confirmou nesta segunda-feira, dia 17, a nomeação de Camilo Fernandes dos Santos, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e ligado ao PT, como seu novo presidente. A decisão ocorreu após reunião do Conselho Deliberativo e contou com um voto de minerva da presidente do conselho, apontada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva.
A nomeação de Fernandes coloca em xeque a independência do Postalis, já que ele foi indicado ao cargo pelos Correios, presidido atualmente pelo advogado Fabiano Silva dos Santos, também ligado ao PT e membro do grupo Prerrogativas, crítico à Operação Lava Jato e com integrantes em postos-chave no governo.
Essa é a segunda vez que um sindicalista assume o comando de um fundo de pensão desde a eleição do presidente Lula. Em fevereiro, João Luiz Fukunaga, outro dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, passou a chefiar a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
Gestores ligados aos funcionários dos Correios manifestaram preocupação com a possibilidade de interferência política na gestão do Postalis e disseram que será necessário fiscalizar cada ato do sindicalista. Servidores apontaram a falta de experiência de Camilo Fernandes no setor de fundos de pensão, em administração de ativos e com o setor dos Correios.
A nomeação de Camilo Fernandes dos Santos como presidente do Postalis levanta preocupações sobre a interferência política na gestão do fundo de pensão, um dos maiores do país. Com o histórico recente de loteamento da entidade e a falta de experiência de Fernandes no setor, a vigilância por parte dos servidores e da sociedade se faz ainda mais necessária para garantir a transparência e a boa governança no fundo. A situação exige atenção, visto que o Postalis já foi alvo de operações contra corrupção, como a Operação Greenfield.
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