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A polêmica com as ações do TC acabam de ganhar mais um capítulo. De acordo com a Traders Club (TRAD3), o vídeo que circulou recentemente nas redes sociais atacando a TC foi preparado pela Empiricus em uma estratégia para, de acordo com a companhia, manipular o mercado e pressionar o preço das ações da Traders Club.
Histórico do Caso
A companhia, famosa entre novos investidores do mercado nos últimos anos, vem sambando na bolsa desde seu IPO.
Há algumas semanas, um vídeo circulou nas redes sociais com algumas alegações sobre a companhia. No Vídeo TC Palhaça, uma mulher com o rosto pintado de palhaço chama as dicas do TC de “furadas”, diz que há denúncias contra o TC na CVM e exorta os investidores da empresa a cobrar explicações.
Você pode conferir o vídeo com as acusações sobre a TC na íntegra abaixo:
As acusações, de acordo com o vídeo, vão desde casos de manipulação de mercado a até mesmo assédio, afetando negativamente a imagem da companhia no mercado. Do fechamento do mercado em 27 de junho, um dia antes de o vídeo começar a circular, até a última segunda-feira (25/07), as ações do Traders Club negociadas na Bolsa despencaram 45%.
No entanto, o presidente do TC (Traders Club), Pedro Albuquerque, acusa sua concorrente Empiricus de ser a autora do vídeo, e as acusações não param por aí. Ele afirma que a Empiricus manipula o mercado de capitais com o objetivo de destruir a companhia e obter lucros.
Qual motivo a Empiricus teria para atacar o TC?
A principal justificativa citada por Pedro Albuquerque, é de que fundos de investimentos da Empiricus estão investindo em peso em operações de Short Selling (ou vendas em descoberto como conhecido no Brasil), tendo as ações da TC como alvo.
Em resumo, a venda em descoberto consiste em “emprestar” ações e depois vende-las.
Para entender como essa venda aposta na desvalorização das ações é preciso entender como funciona esse “empréstimo”. Um investidor “aluga” uma ação que ele não possui em sua carteira, e a vende.
Um investidor “aluga” um ativo de 10 dólares e o vende por esse valor, contudo, o pagamento desse “aluguel” é realizado posteriormente (em uma data futura), quando o investidor é obrigado a comprar novamente a ação e devolvê-la ao credor original. Neste momento, se o preço da ação for menor que os 10 dólares iniciais, digamos que 6 dólares, o investidor que vendeu em descoberto lucrou 4 dólares.
Por isso, é possível aos investidores apostarem na desvalorização de determinados ativos. A operação Short em si é uma prática legal. Já nos casos em que há manipulação de mercados (conforme alega a TC), a estratégia passa por causar diretamente a queda destes ativos operados em short, potencializando seus lucros.
As provas da TC contra a Empiricus
Além dos fundos “shorteando” as ações, a TC também elaborou um “dossiê” de provas contra a Empiricus, no que a empresa comenta em coletiva de imprensa como o “maior caso de manipulação de mercado da história da bolsa brasileira”.
“Um material gravíssimo, no qual é dito que os principais sócios da Empiricus organizaram, estavam combinando, a divulgação do segundo vídeo, inclusive com uma mesa de operações, que acreditamos que seja a Vitreo, empresa da Empiricus que está com uma aposta massiva contra a nossa empresa, organizando a divulgação e como eles iriam auferir os lucros”.
Presidente do TC.
Confira abaixo a coletiva de imprensa do TC na íntegra:
Na coletiva, o TC apresenta uma linha do tempo, alinhando as quedas das ações a divulgação do vídeo:
Ademais, o TC também apresenta uma série de prints e imagens envolvendo Felipe Miranda e Caio Mesquita, dois nomes a frente da Empiricus como “articuladores” da estratégia de desvalorização das ações do TC:
O TC também alega que as imagens foram recebidas através de seu portal de relações de investidores, e parecem terem sido obtidas através de um ataque hacker. Os acusados inclusive comentam nas conversas vazadas sobre o suposto ataque.
Até o momento a Empiricus não se pronunciou sobre o assunto.
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