Continua após o anúncio
Governo busca avaliar consequências legais antes de avançar com indicações de candidatos rejeitados pela Petrobras.
O governo brasileiro pretende prosseguir com a indicação de nomes que não foram aprovados pelas auditorias internas da Petrobras para compor o conselho da estatal.
O Ministério de Minas e Energia (MME) busca avaliar as consequências legais antes de avançar com os candidatos na assembleia de acionistas marcada para quinta-feira (27). Investidores estão preocupados com a possibilidade de o governo de Luiz Inácio Lula da Silva minar as regras de governança interna da Petrobras para ter mais liberdade para intervir nas decisões de negócios da empresa.
Indicações de candidatos rejeitados geram preocupação sobre governança na Petrobras
O governo brasileiro tem planos de seguir com a indicação de nomes que não passaram nas auditorias internas da Petrobras para compor o conselho da estatal, segundo fontes disseram à Bloomberg News.
O Ministério de Minas e Energia (MME) busca avaliar as consequências legais antes de avançar com os candidatos na assembleia de acionistas marcada para esta quinta-feira (27).
Investidores estão preocupados com a eleição do conselho e temem que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva comece a minar as regras de governança interna da Petrobras para ter mais liberdade para intervir em suas decisões de negócios. Lula tem pressionado a Petrobras a buscar metas como reduzir o preço dos combustíveis e aumentar os investimentos em refino, que não são tão rentáveis quanto a produção de petróleo.
Os três candidatos que o governo pretende apoiar são: Pietro Mendes, candidato à presidência do conselho de administração, considerado inelegível pela atual diretoria da Petrobras por causa de potencial conflito de interesses; Sérgio Rezende e Efrain Pereira da Cruz, considerados inelegíveis por ligações políticas recentes. Além disso, o candidato Renato Galuppo, indicado de forma suplementar, também foi rejeitado pela Petrobras.
Mendes é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também considerou Mendes e Rezende inelegíveis.
O governo passado, de Jair Bolsonaro, indicou e elegeu membros do conselho que não passaram nas verificações internas de antecedentes, em um momento em que pressionava a Petrobras a conter os preços dos combustíveis. A decisão dos acionistas em uma assembleia é soberana no Brasil.
Follow @oguiainvestidor
DICA: Siga o nosso canal do Telegram para receber rapidamente notícias que impactam o mercado.