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O mercado tem adotado uma postura mais conservadora ao longo do processo que envolve uma operação de fusão e aquisição. A combinação de altas taxas de juros e risco de crise no setor bancário tem levado os investidores a adiar transações de fusões e aquisições mais longas, principalmente nos Estados Unidos.
Segundo Carlos Lobo, sócio da Hughes, Hubbard & Reed LLP, diante das incertezas econômicas e dos temores do mercado financeiro global, os investidores estão mais cautelosos e sem pressa para tomar uma decisão.
“Os investidores estão dispostos a negociar, mas não pretendem fechá-las tão rapidamente. Eles não querem ser pegos de surpresa quando assumem uma operação e no dia seguinte o Banco Central americano aumenta os juros”, avalia.
Lobo destaca ainda que o mercado tem evitado fazer investimentos de alto risco. “É perceptível que os compradores querem ter maior previsibilidade. Todos estão querendo acompanhar os acontecimentos, mas ninguém quer tomar uma decisão”, comenta.
Perspectiva continua otimista
De acordo com o especialista, a perspectiva de novos negócios e retomada das operações no mercado de M&A segue otimista, mas o cenário de inflação é mais persistente do que muitos esperavam.
“O mercado ainda está preocupado com os dados da inflação, pois ela não está caindo na velocidade que eles gostariam. Ainda não sabemos até que ponto isso fará com que o Fed eleve os juros mais rapidamente ou por quanto tempo”, conclui.
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