Leve alta

Abertura: Ibovespa volta a subir com apoio de Vale (VALE3) e bancos, mas Petrobras limita ganhos

Índice avança 0,12% e mostra recuperação moderada após dia de tensão fiscal; dólar sobe a R$ 5,38 e juros futuros recuam.

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Abertura: Ibovespa volta a subir com apoio de Vale (VALE3) e bancos, mas Petrobras limita ganhos
  • Ibovespa sobe 0,12%, aos 141.873 pontos, impulsionado por Vale (VALE3) e bancos.
  • Petrobras (PETR4) recua 0,46%, acompanhando queda do petróleo Brent.
  • Dólar sobe a R$ 5,38 e juros futuros recuam com IPCA mais favorável.

O Ibovespa iniciou a sexta-feira (10) em leve alta, subindo 0,12%, aos 141.873 pontos, apoiado pelo desempenho positivo das ações de mineradoras e bancos. Apesar da melhora no sentimento global, a Petrobras (PETR4) voltou a cair, impedindo um avanço mais firme do índice.

No cenário externo, os futuros de Wall Street operam com ganhos moderados, refletindo alívio nas tensões geopolíticas após o cessar-fogo entre Israel e Hamas. O ambiente mais estável ajuda a sustentar os mercados emergentes, embora o dólar siga pressionando o real.

Vale e bancos puxam a recuperação

As ações da Vale (VALE3) subiram 0,73%, acompanhando a valorização do minério de ferro na China, que recuperou parte das perdas recentes. O movimento reforça a percepção de que a demanda chinesa deve se estabilizar nos próximos meses, o que beneficia exportadoras brasileiras.

No setor financeiro, os bancos voltaram a registrar ganhos após quedas recentes. O Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 0,30%, o Santander (SANB11) teve alta de 0,04%, o Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,14%, e o Bradesco (BBDC4) ganhou 0,06%. O desempenho positivo contribuiu para sustentar o Ibovespa no campo positivo.

Apesar disso, o avanço foi limitado pela Petrobras (PETR4), que recuou 0,46% com o preço do petróleo Brent ainda pressionado abaixo dos US$ 66 o barril, após o fim das tensões no Oriente Médio.

Dólar e juros refletem cautela

O dólar comercial subiu 0,19%, negociado a R$ 5,38, acompanhando o movimento global de valorização da moeda americana. Mesmo com a melhora nos mercados externos, investidores seguem atentos à questão fiscal no Brasil, o que mantém a volatilidade no câmbio.

Enquanto isso, os juros futuros (DIs) registraram leve queda em toda a curva, refletindo o IPCA mais benigno divulgado nesta semana e a perspectiva de manutenção da Selic no atual patamar por mais tempo. Analistas avaliam que a leitura do dado de inflação reduz a pressão imediata sobre o Banco Central.

O ambiente, contudo, segue frágil. Qualquer nova sinalização de gasto público ou de revisão de metas fiscais pode reacender a aversão a risco, principalmente em um cenário de incerteza política.

Bolsas internacionais operam estáveis

No exterior, os principais índices futuros dos Estados Unidos operam de lado. O Dow Jones Futuro sobe 0,12%, enquanto o S&P 500 Futuro e a Nasdaq Futuro avançam 0,03% cada. O movimento indica uma pausa após sucessivos recordes registrados nos últimos dias.

Segundo analistas, o otimismo moderado é sustentado pela expectativa de que o Federal Reserve mantenha os juros inalterados até o fim do ano, diante da inflação controlada e dos bons resultados corporativos.

Na Europa, os mercados abriram mistos, com investidores avaliando dados econômicos fracos da Alemanha e os impactos da desaceleração chinesa sobre o comércio global.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.