- O Ibovespa fechou fevereiro com queda de 2,6%, apesar do otimismo inicial
- O Itaú, JBS, Petrobras, Vale, Suzano e Eletrobras são destaques, com boas perspectivas de longo prazo
- Apesar da queda no mercado, analistas continuam recomendando ações brasileiras devido à melhora dos fundamentos macroeconômicos
Fevereiro foi um mês de montanha-russa para o mercado de ações brasileiro. Depois de um início promissor, com investidores se animando com o potencial das empresas brasileiras, o Ibovespa fechou o mês com queda de 2,6%. Contudo, após um tombo de 3,41% na última semana.
O otimismo foi abalado pela volatilidade dos mercados, mas, segundo corretoras e analistas, ainda há razões para acreditar em um cenário positivo para as ações brasileiras.
Perspectiva macroeconômica favorável
A Empiricus destaca que a percepção sobre os mercados emergentes, especialmente o Brasil, vem melhorando aos poucos. De acordo com a corretora, os fundamentos macroeconômicos do país estão se desenvolvendo de forma mais positiva do que o temido anteriormente. Assim, o que pode atrair investidores de olho em boas oportunidades no mercado de ações.
O Itaú (ITUB4), que segue como uma das ações mais recomendadas, é um exemplo disso, apesar da queda de 5,53% no mês de fevereiro.
Principais ações recomendadas
Diversas ações continuam sendo destaque nas recomendações dos analistas, mesmo em um ambiente de instabilidade. Entre as empresas mais comentadas, estão:
- Itaú (ITUB4): A ação do banco é uma das mais recomendadas, com 7 menções no mês de fevereiro, apesar de um desempenho negativo de 5,53%. Analistas da Ágora destacam a melhora nos empréstimos individuais e a redução da inadimplência de pequenas e médias empresas, projetando lucro líquido de cerca de R$ 45 bilhões em 2025.
- JBS (JBSS3): A gigante do setor frigorífico tem 6 recomendações e apresentou uma queda de 12,55% em fevereiro. O BB Investimentos vê uma série de fatores favoráveis à operação, como os custos reduzidos de commodities e a alta demanda mundial por carne bovina, o que tem impulsionado a rentabilidade da empresa.
- Petrobras (PETR4): A Petrobras, apesar de uma queda de 4,66% em fevereiro, segue sendo uma das ações mais recomendadas. A Terra Investimentos vê a empresa com alta capacidade de produção e margens brutas de 52%, o que garante rentabilidade e dividendos atraentes. A previsão é de retorno de 15% nos próximos 12 meses.
Setor de mineração e celulose
Outros setores também se destacam como boas oportunidades de investimento, especialmente na mineração e celulose:
- Vale (VALE3): A visão cautelosamente otimista do Santander sobre o preço do minério de ferro, juntamente com um valuation atraente, faz da Vale uma boa opção para investidores de longo prazo. A ação da mineradora é negociada com um desconto de 19% em relação à média histórica, o que pode atrair aqueles que buscam boas avaliações no setor.
- Suzano (SUZB3): A empresa de celulose tem se beneficiado de um ciclo positivo no setor, e as expectativas continuam favoráveis, com aumentos de preços já anunciados. A Ágora observa que o foco do mercado está nas perspectivas para o mercado de embalagem nos Estados Unidos e a estratégia de alocação de capital da empresa.
Destaques em energia
A Eletrobras (ELET6) também se destaca no setor energético, com uma recomendação sólida, apoiada pela distribuição de R$ 2,2 bilhões em dividendos e uma política de proventos trimestrais.
A Terra Investimentos vê a redução da dívida líquida e a aceleração do pagamento de dividendos como sinais de uma gestão eficiente. No entanto, a empresa ainda enfrenta incertezas devido a questões com a União sobre a Eletronuclear, o que pode afetar sua performance no curto prazo.