Acordo EUA-China, Ata do COPOM e mais eventos que influenciam os mercados nesta semana

Nesta semana, do dia 12 a 16 de maio, o mercado está com uma agenda cheia de eventos e indicadores econômicos para acompanhar. Entre os principais destaques estão: as negociações de acordo entre Estados Unidos e China, Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) e dados de inflação nos Estados Unidos.

Confira a seguir os eventos que podem impactar seus investimentos nesta semana:

Acordo entre EUA e China?

Os mercados globais se reanimaram no último domingo, 11 de maio, após autoridades dos Estados Unidos e da China anunciarem que houve “progressos substanciais” nas conversas relacionadas a um acordo sobre a guerra tarifária entre os dois países.

Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, os detalhes do avanço serão divulgados em uma declaração conjunta nesta segunda-feira (12). 

Do lado chinês, o vice-primeiro-ministro He Lifeng destacou que foi alcançado um “consenso importante” em tratativas que classificou como “francas, aprofundadas e construtivas”.

A informação mais ousada veio do representante comercial americano, Jamieson Greer, que afirmou, segundo a CNN, que um acordo foi fechado. 

“Estamos confiantes de que o acordo que fechamos com nossos parceiros chineses nos ajudará a resolver essa emergência nacional”, disse Greer, referindo-se à disputa tarifária que se intensificou após o governo Trump declarar estado de emergência e impor tarifas de até 145% sobre produtos chineses — taxa que pode cair para 80% caso Pequim abra mais seu mercado, segundo o próprio Trump.

O reflexo no mercado foi imediato: às 21h de domingo, os futuros dos principais índices americanos subiam mais de 1%, sinalizando uma abertura positiva nesta segunda-feira (12).

Inflação nos EUA

O mercado também terá que digerir uma bateria de dados econômicos relevantes nos próximos dias. O destaque será a inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que será divulgada na terça-feira (13), às 9h30 (horário de Brasília). 

Os dados serão observados com lupa, já que tarifas elevadas podem estar impactando os preços pagos pelos consumidores.

Já na quinta-feira (15), a agenda conta com indicadores como a inflação ao produtor, vendas no varejo e produção industrial, todos referentes a abril. 

Os números ajudarão a traçar um panorama mais claro sobre a força da economia americana em meio à política comercial protecionista e prometem surtir influência sobre bolsas de valores e o câmbio.

Ata do Copom pode dar pistas sobre rumo da Selic

Já pelo Brasil, os holofotes da agenda se voltam para a ata da última reunião do Copom, que será divulgada na terça-feira (13), às 9h. 

Após a elevação da Selic para 14,75% na semana passada, os analistas esperam que o documento traga sinais mais claros sobre a trajetória futura dos juros.

O mercado se divide entre a possibilidade de que o ciclo de alta tenha terminado ou que ainda haja espaço para um ajuste residual. 

A ata pode ser decisiva para ajustar expectativas — e mexer com o câmbio, os juros futuros e o mercado de ações.

Na última semana, o dólar registrou uma queda brusca em relação ao real, ancorada pelo diferencial de juros entre o Brasil e os EUA. 

Na segunda-feira (5), a moeda americana custava R$ 5,710 e, após a elevação da Selic e a manutenção dos juros nos EUA (4,25% a 4,50% ao ano), encerrou a sexta-feira (9) cotado a R$ 5,655.

Agenda de balanços

Além disso, a temporada de balanços financeiros das companhias de capital aberto na bolsa de valores brasileira, B3, segue intensa nesta semana.

Confira a agenda:

Segunda-feira (12)

Terça-feira (13)

Quarta-feira (14)

Quinta-feira (15)