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Bitcoin (BTC) volta a subir com inflação fraca dos EUA, mas riscos seguem no radar

Inflação mais branda nos Estados Unidos e uma trégua tarifária entre EUA e China são os principais motivos para o otimismo dos investidores

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Bitcoin Cripto
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O Bitcoin (BTC) voltou a dar sinais de força nesta quarta-feira (14), após uma sequência de sessões voláteis. A principal criptomoeda do mundo subia 0,13%, por volta das 10:10, cotada a US$ 104.041,3, impulsionada por uma combinação de fatores positivos: inflação mais branda nos Estados Unidos e uma trégua tarifária entre EUA e China, que acalmaram os mercados globais.

O movimento devolve parte do otimismo que levou o BTC a superar o simbólico patamar dos US$ 100 mil na semana passada, antes de sofrer com a realização de lucros típica de um mercado que ainda testa seus limites de alta.

Desempenho das criptos:

NomeCódigoPreço (USD)24h (%)7d (%)
BitcoinBTC104.041,30+0,13%+7,30%
EthereumETH2.613,51+3,73%+43,10%
XRPXRP2,5955+2,81%+22,71%
TetherUSDT0,9999-0,01%-0,01%
SolanaSOL180,239+3,53%+23,13%
BNBBNB655,90+0,43%+7,91%
USD CoinUSDC0,9998-0,01%-0,05%
DogecoinDOGE0,236432+3,08%+37,57%
CardanoADA0,8213+2,67%+21,55%
TRONTRX0,275163+3,81%+11,28%

(Às 10:10)

Inflação menor reacende apostas de corte de juros

O maior impulso veio do relatório de inflação dos EUA (CPI), divulgado na terça-feira (13), que mostrou uma alta de preços abaixo do esperado.

Esse dado serviu como combustível para que o mercado voltasse a apostar em cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda neste ano.

Como o Bitcoin é altamente sensível ao custo do dinheiro, juros mais baixos aumentam a atratividade de ativos de risco e com maior volatilidade — o que explica a resposta positiva do mercado cripto à notícia.

Segundo analistas, a inflação mais fraca dá ao Fed espaço para respirar, e isso beneficia diretamente o apetite por ativos como o Bitcoin.

Trégua comercial entre EUA e China dá tração extra

Somando-se ao alívio inflacionário, a trégua anunciada entre Estados Unidos e China ajudou a reduzir os temores de desaceleração econômica global.

As duas maiores economias do mundo concordaram em reduzir tarifas comerciais por um período de 90 dias, o que contribui para um ambiente mais estável para os mercados.

As tarifas dos EUA sobre a China, por exemplo, cairão de 145% para 30%, enquanto a China reduzirá suas tarifas retaliatórias de 125% para 10%.

A decisão foi recebida como um sinal de que as tensões geopolíticas podem arrefecer, mesmo que temporariamente.

Realização de lucros limita avanço, mas tendência segue positiva no Bitcoin

Apesar dos bons ventos, o Bitcoin ainda sente os efeitos da realização de lucros depois de ter atingido recordes históricos recentemente.

Após o pico acima de US$ 100 mil, muitos investidores aproveitaram para embolsar parte dos ganhos — um movimento natural em mercados altamente especulativos.

Ainda assim, a tendência de médio prazo permanece construtiva, com expectativas de que o Fed possa flexibilizar sua política monetária até o fim de 2025, o que sustentaria o ciclo de alta das criptos.

Bitcoin: riscos permanecem no radar

Especialistas, no entanto, alertam para uma leitura cautelosa. Embora o cenário atual favoreça ativos de risco, o Federal Reserve ainda deve priorizar o combate à inflação, o que significa que cortes de juros só ocorrerão diante de sinais claros de desaceleração econômica.

Além disso, os riscos tarifários não estão totalmente eliminados — a trégua comercial tem prazo limitado e pode ser revertida a depender de tensões futuras.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.