
- Ibovespa atinge recorde histórico de 140.109,63 pontos com valorização de 16,48% no ano
- Setor imobiliário lidera altas com ações como Plano&Plano, Cyrela e Lavvi subindo até 79%
- Bancos, dividendos e seguradoras reforçam rally amplo e sustentado por fundamentos econômicos
O Ibovespa rompeu uma barreira simbólica na última terça-feira (20), encerrando o pregão aos 140.109,63 pontos, o maior nível de fechamento de sua história. O marco reforça o otimismo que tomou conta do mercado nos últimos meses, impulsionado pelo desempenho de ações ligadas à economia doméstica, expectativa de reformas estruturais e fluxo positivo em setores resilientes.
A alta do principal índice da B3 não ocorreu isoladamente. Segundo levantamento da Elos Ayta, entre os dias 19 e 20 de maio, oito ações que integram o Ibovespa atingiram suas máximas históricas.
No IDIV (índice que reúne ações com maior pagamento de dividendos) doze papéis bateram seus respectivos topos. Ao todo, seis ativos do Ibovespa e cinco do IDIV já haviam renovado recordes ao longo do mês.
Com isso, o Ibovespa acumula valorização de 16,48% em 2025 e 9,67% nos últimos 12 meses, enquanto o IDIV já avança 13,8% no ano e 12,78% em 12 meses.
A Elos Ayta aponta que o desempenho dos dividendos reflete uma “reprecificação de empresas resilientes com forte geração de caixa”, o que contribui para o aumento da atratividade dessas ações para investidores institucionais e individuais.
Imobiliário lidera altas e revela novo foco
O destaque do rali recente foi o setor imobiliário, que surpreendeu o mercado. Das ações que atingiram máximas históricas, três das quatro com maior valorização no ano são do setor de incorporações:
- Plano&Plano (PLPL3) acumula alta de 79,73%,
- Cyrela (CYRE3) sobe 64,71%,
- Lavvi (LAVV3) avança 61,67%.
O desempenho expressivo dessas empresas reflete a queda nas taxas de juros, o aumento do crédito para habitação e um ambiente de melhora gradual no consumo das famílias.
Bancos e dividendos em alta reforçam confiança
Além das incorporadoras, os grandes bancos também quebraram recordes. As ações ordinárias (ITUB3) e preferenciais (ITUB4) do Itaú atingiram novas máximas, com valorização de 46,70% e 44,02% no ano, respectivamente.
A análise da Elos Ayta destaca que o setor financeiro mostra sinais sólidos de lucratividade, mesmo diante de uma economia ainda em compasso de recuperação.
Outro papel que chamou atenção foi a Sabesp (SBSP3), que disparou 39,35% no ano, embalada pelas expectativas de privatização. Já a Porto (PSSA3) avançou 41,72%, consolidando o setor de seguros como um dos mais rentáveis no ciclo atual.
A performance da Itaúsa (ITSA4), com alta de 38,4%, reforça a ideia de que o movimento de alta não está limitado a poucos setores.
“A amplitude dos ganhos, com empresas de diferentes segmentos e perfis, indica que o rali vai além da especulação”, aponta a Elos Ayta.
Para os analistas, a alta das construtoras, utilities e seguradoras é um sinal claro de confiança no ambiente macroeconômico brasileiro.
As 8 ações que bateram recorde histórico:
Itaúsa (ITSA4) – Avanço consistente de +38,4% no acumulado de 2025
Plano&Plano (PLPL3) – Valorização de +79,73% no ano
Cyrela (CYRE3) – Alta acumulada de +64,71% em 2025
Lavvi (LAVV3) – Ganho expressivo de +61,67%
Itaú Unibanco (ITUB3) – Ação ordinária com valorização de +46,70%
Itaú Unibanco (ITUB4) – Ação preferencial em alta de +44,02%
Porto (PSSA3) – Crescimento de +41,72% no ano
Sabesp (SBSP3) – Impulsionada pela expectativa de privatização, com alta de +39,35%