- O dólar à vista subiu 0,63%, cotado a R$ 6,072 na compra e R$ 6,074 na venda
- O Banco Central fará leilão de US$ 3 bilhões e swap cambial para rolagem de vencimentos.
- O mercado aguarda a decisão do Federal Reserve sobre os juros, que pode afetar o dólar
- O dólar turismo foi cotado entre R$ 6,103 e R$ 6,283
O dólar à vista iniciou a semana com alta nesta segunda-feira (16), ampliando os ganhos da sessão anterior, refletindo a cautela do mercado diante de dois importantes eventos programados para os próximos dias: o leilão de linha do Banco Central (BC) e a decisão sobre os juros dos Estados Unidos, que o Federal Reserve (Fed) divulgará na quarta-feira (18).
Às 9h11, a moeda americana subia 0,63%, sendo cotada a R$ 6,072 na compra e R$ 6,074 na venda.
O mercado está particularmente atento à atuação do BC, que realizará um novo leilão de dólares com compromisso de recompra, oferecendo US$ 3 bilhões ao mercado. Este será o terceiro pregão consecutivo com intervenções no câmbio, uma estratégia que visa conter flutuações no valor do real.
Swap cambial
Além disso, o Banco Central também anunciou a venda de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento de 3 de fevereiro de 2025. Essas medidas do BC são vistas como fundamentais para a manutenção da estabilidade cambial no curto prazo.
Na B3, o contrato de dólar futuro com primeiro vencimento também apresentava alta, subindo 0,56%, cotado a R$ 6,082. O movimento de alta no mercado de câmbio ocorre no contexto de um cenário global marcado por incertezas, com investidores aguardando a decisão de política monetária do Fed.
A expectativa é de que a autoridade monetária dos EUA mantenha a taxa de juros em níveis elevados, em um esforço para controlar a inflação, o que tende a manter o dólar forte frente a outras moedas.
Cotação
Na última sexta-feira (13), o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,28%, cotado a R$ 6,0295. No entanto, ao longo da semana, a moeda americana registrou uma queda de 0,78%, reflexo da apreensão com os desdobramentos econômicos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Dólar turismo
Na cotação do dólar turismo, que geralmente apresenta valores mais altos devido ao adicional de impostos e taxas, a moeda era negociada com a seguinte variação:
Compra: R$ 6,103
Venda: R$ 6,283
Expectativa pela decisão do Fed
A decisão do Federal Reserve na quarta-feira será um dos principais eventos econômicos da semana. O mercado aguarda atentamente qualquer sinal de mudança na política monetária do banco central americano. Caso o Fed decida manter a taxa de juros alta, isso poderá fortalecer o dólar em relação às outras moedas, o que é um fator importante para a movimentação do câmbio brasileiro. O comportamento do dólar nos próximos dias dependerá, em grande parte, de como os investidores interpretam a postura do Fed, e como isso pode impactar a economia global e as taxas de juros nos Estados Unidos.
Impacto das intervenções do Banco Central
As intervenções realizadas pelo Banco Central do Brasil, com leilões de dólares e swaps cambiais, também são fatores relevantes para a dinâmica do câmbio.
A autoridade monetária tem se empenhado para evitar grandes oscilações na taxa de câmbio e controlar a volatilidade, especialmente em momentos de alta incerteza nos mercados internacionais.
As ações do BC contribuem para a estabilidade da moeda brasileira e ajudam a suavizar os impactos de flutuações externas, como os movimentos de taxa de juros no exterior e as variações nos preços das commodities.
Expectativa
Com isso, a expectativa do mercado é de que o BC continue sua estratégia de intervenção, com o objetivo de garantir a estabilidade do câmbio até a próxima reunião de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil.
Em suma, o mercado de câmbio permanece atento às decisões dos dois grandes players da economia mundial: o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve. O leilão de linha do BC e a decisão sobre os juros nos Estados Unidos são eventos cruciais que determinarão os rumos do dólar nos próximos dias, e, consequentemente, terão impacto nas finanças de empresas e consumidores brasileiros.