Dólar opera em baixa com expectativa de dados econômicos

• O dólar à vista caiu 0,15% na manhã desta quarta-feira (5), sendo negociado a R$ 5,792, à medida que investidores aguardam dados econômicos no Brasil e EUA
• A atenção está voltada para os próximos números econômicos nos EUA e Brasil, que podem influenciar diretamente o valor do dólar e a estabilidade financeira
• O Banco Central do Brasil fará um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, visando estabilizar o mercado cambial e garantir a liquidez da moeda

O dólar à vista apresentou leve queda na manhã desta quarta-feira (5), com uma baixa de 0,15%, sendo negociado a R$ 5,792. O movimento ocorre enquanto investidores aguardam uma série de dados econômicos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. E, portanto, observam de perto os desenvolvimentos do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Esse cenário tem influenciado a cotação da moeda, com investidores atentos aos próximos passos das autoridades monetárias e às possíveis repercussões no mercado financeiro global.

Movimentos divergentes

Às 9h15, o dólar à vista estava cotado a R$ 5,792, o que representa uma leve diminuição em relação ao fechamento de terça-feira (4), quando a moeda americana encerrou a jornada em R$ 5,7719. Assim, marcando a menor cotação desde 19 de novembro do ano passado.

Essa queda de 0,76% observada no fechamento da véspera segue uma tendência de fortalecimento do real frente ao dólar nos últimos dias.

Por outro lado, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento, negociado na B3, registrava uma alta de 0,27%, sendo cotado a R$ 5,796. Essa divergência nos movimentos das duas cotações reflete as expectativas dos investidores em relação aos dados econômicos que serão divulgados em breve.

A movimentação do mercado futuro tende a ser mais sensível às projeções e especulações sobre os próximos passos econômicos. Enquanto isso, o dólar à vista é mais influenciado pelas condições imediatas do mercado.

Expectativas com os dados econômicos

Investidores estão particularmente atentos aos próximos dados econômicos do Brasil e dos Estados Unidos, que devem fornecer um panorama mais claro sobre o futuro das duas economias.

Nos EUA, a atenção está voltada para os números relacionados ao emprego, inflação e a política monetária do Federal Reserve (Fed), que pode afetar diretamente o valor do dólar globalmente.

No Brasil, os dados sobre inflação, atividade econômica e as medidas adotadas pelo governo também têm impacto significativo sobre a moeda.

Além disso, o Banco Central do Brasil realizará, ainda nesta sessão, um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional. A medida tem o objetivo de realizar a rolagem do vencimento de contratos de 5 de março de 2025, uma ação que busca garantir a liquidez necessária para estabilizar o mercado cambial.

Esses leilões são estratégias importantes para a manutenção da estabilidade da moeda nacional, especialmente em períodos de volatilidade nos mercados financeiros.

Dólar comercial e turismo

A cotação do dólar comercial, que reflete as transações financeiras entre empresas e bancos, apresentou um preço de compra e venda de R$ 5,792. Já o dólar turismo, destinado às operações de compra e venda por pessoas físicas que viajam ao exterior, continua com valores mais elevados.

O preço de compra do dólar turismo está em R$ 5,955, enquanto a venda chega a R$ 6,135, evidenciando a diferença entre as duas modalidades de câmbio e refletindo a demanda do setor.

Impacto do conflito comercial

Outro fator importante que pode afetar a cotação do dólar é o cenário do conflito comercial entre Brasil e Estados Unidos. O desenvolvimento de tensões comerciais pode gerar incertezas no mercado financeiro e influenciar a percepção dos investidores sobre os riscos envolvidos.

A expectativa é de que qualquer novidade relacionada a tarifas, acordos ou desacordos comerciais possa gerar flutuações significativas na moeda.