- O dólar à vista inicia a quinta-feira com alta, sendo negociado a R$ 5,804, após um avanço de 0,37% no dia anterior
- Investidores aguardam números sobre o emprego nos EUA, que podem influenciar a política monetária do Federal Reserve e impactar o câmbio
- O Banco Central realiza leilão de swap cambial tradicional, visando conter a volatilidade e estabilizar o mercado de câmbio
Após interromper a maior sequência negativa dos últimos 20 anos em relação ao real, o dólar à vista iniciou esta quinta-feira (6), com alta. Às 10h09, a moeda americana subia 0,19%, negociada a R$ 5,804 na compra e R$ 5,805 na venda.
No mercado futuro, o contrato de dólar para março também registrava alta de 0,30%, alcançando os 5,839 pontos. O avanço ocorre em meio à expectativa do mercado por dados econômicos dos Estados Unidos. Principalmente relacionados ao mercado de trabalho, além de novas atualizações sobre a guerra comercial entre os EUA e a China.
Cotação
A cotação do dólar à vista já vinha apresentando uma alta discreta desde a quarta-feira (5), quando fechou com um avanço de 0,37%, a R$ 5,7935. No entanto, após dias de quedas seguidas.
Esse movimento de alta no início de fevereiro é significativo, visto que a moeda americana havia acumulado uma sequência negativa em relação ao real, que durou até a véspera.
Na agenda internacional, investidores estão atentos ao relatório de emprego dos Estados Unidos, que será divulgado nos próximos dias. Contudo, uma das principais referências para medir o crescimento econômico norte-americano e indicar os rumos da política monetária do Federal Reserve (Fed).
A expectativa é de que os dados revelem mais detalhes sobre o mercado de trabalho americano. E, assim, possam dar pistas sobre possíveis decisões sobre a taxa de juros no país.
Tensão comercial
Além disso, o clima de tensão comercial entre os Estados Unidos e a China continua a influenciar o comportamento do mercado cambial global. A disputa entre as duas maiores economias do mundo segue com impactos tanto no comércio internacional quanto nas relações econômicas.
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Por isso, a volatilidade cambial segue alta, refletindo as incertezas sobre o desenrolar dessa guerra comercial. Além dos seus reflexos nas economias global e nacional.
O Banco Central do Brasil também entra em cena, realizando hoje um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de fazer a rolagem do vencimento de 5 de março de 2025.
Essa ação faz parte da política monetária do BC para tentar conter a volatilidade do câmbio. E, assim, reduzir possíveis riscos à estabilidade econômica do país.
Em relação ao mercado de turismo, o dólar turismo segue com uma cotação um pouco mais alta, sendo negociado a R$ 5,822 na compra e R$ 6,000 na venda. Essa diferença no preço reflete as margens aplicadas nas transações de moedas realizadas com fins de viagem.
Dessa forma, onde a compra e venda de dólares para turistas é mais onerosa, com variações significativas em relação à cotação do dólar comercial.
Ao longo do dia, o cenário global continuará influenciando a moeda brasileira, enquanto os investidores permanecem atentos a qualquer novo movimento de dados dos EUA e atualizações sobre a situação econômica global. Por ora, o mercado financeiro segue buscando por sinais que possam ajudar a prever os próximos passos do dólar frente ao real nos próximos dias.
Em resumo, o dólar tem oscilado nesta quinta-feira, mas ainda mantém uma leve tendência de alta, refletindo tanto os dados econômicos de fora quanto a política monetária doméstica.
O mercado ficará atento aos próximos movimentos e a confirmação dos dados de emprego nos Estados Unidos, que podem fazer o câmbio seguir mais volátil ou estável, dependendo da reação dos investidores.
