Investidores atentos

Dólar sobe frente ao real, com foco em tarifas dos EUA

A moeda americana sobe levemente, mas ainda opera abaixo dos R$ 5,70, enquanto investidores aguardam novidades sobre o cenário internacional.

Imagem/Reprodução
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  • Alta do dólar nesta segunda-feira: O dólar à vista sobe 0,22%, cotado a R$ 5,7102, após cair mais de 1% na sexta-feira
  • Investidores atentos aos EUA e Ucrânia: O mercado se posiciona à espera de novidades sobre tarifas dos EUA e negociações de paz na Ucrânia
  • Intervenção do Banco Central: O Banco Central realiza leilão de swap cambial para ajustar a posição no mercado e minimizar a volatilidade da moeda

O mercado cambial iniciou a semana com o dólar em alta em relação ao real nesta segunda-feira (17), após uma queda significativa na última sexta-feira (14), quando a moeda americana registrou uma desvalorização de mais de 1%.

Às 9h11, o dólar à vista operava a R$ 5,7102, com alta de 0,22%. Na B3, o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento também subia 0,1%, sendo negociado a R$ 5,722.

No entanto, a cotação ainda permanece abaixo dos R$ 5,70, após um fechamento de R$ 5,6974 na última sexta-feira, o menor valor desde 7 de novembro de 2024.

Tarifas dos EUA e a guerra na Ucrânia

A valorização do dólar nesta segunda-feira reflete o posicionamento dos investidores, que estão atentos a duas questões cruciais: as tarifas que os Estados Unidos podem aplicar em produtos chineses e as discussões sobre o fim da guerra na Ucrânia.

As tensões geopolíticas e a possibilidade de ajustes nas políticas comerciais dos EUA têm sido fatores decisivos na formação de expectativas do mercado cambial.

O impacto das tarifas dos EUA é um fator relevante, especialmente no que diz respeito às relações econômicas com a China. Os investidores monitoram de perto as decisões políticas que podem afetar o fluxo de comércio e a confiança global.

Por outro lado, a guerra na Ucrânia segue sendo um elemento de incerteza, com as negociações de paz sendo discutidas nas esferas internacionais. Qualquer avanço ou retrocesso no conflito pode gerar grandes oscilações nos mercados financeiros e cambiais.

Leilão do Banco Central e movimentações de curto prazo

Em meio a esse cenário, o Banco Central anunciou a realização de um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.

Esse leilão tem como objetivo ajustar a posição do Banco Central em relação ao mercado cambial e garantir maior estabilidade na moeda nacional.

A expectativa é que a intervenção ajude a manter o real em patamares mais estáveis. Dessa forma, minimizando grandes flutuações na cotação do dólar no curto prazo.

A participação do Banco Central no mercado cambial é uma estratégia para garantir que a volatilidade do câmbio não cause grandes impactos na economia, especialmente em momentos de incertezas globais.

No entanto, as flutuações são inevitáveis, e os investidores permanecem atentos aos próximos movimentos do governo dos Estados Unidos e às atualizações sobre a guerra na Ucrânia.

Cotações do dólar em diferentes mercados

Atualmente, a cotação do dólar no mercado comercial está em torno de R$ 5,696 tanto para compra quanto para venda.

No mercado de turismo, a moeda americana apresenta uma variação um pouco maior, sendo cotada entre R$ 5,82 e R$ 6,00. Essa diferença é explicada pelas taxas de serviço aplicadas por agências de câmbio e bancos.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ