Moeda subindo

Dólar tem leve alta enquanto mercado observa negociações na Ucrânia

O dólar à vista sobe 0,12% enquanto investidores aguardam leilão do Banco Central e olham para as conversas dos EUA e Rússia pela paz na Ucrânia.

Imagem/Reprodução
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  • Dólar à vista sobe para R$5,7195 nas primeiras negociações
  • Mercado observa as conversas entre EUA e Rússia pela paz na Ucrânia
  • Banco Central realizará leilão de US$3 bilhões e swap cambial nesta terça-feira

Na manhã desta terça-feira (18), o dólar à vista registrava uma leve alta de 0,12% ante o real, sendo negociado a R$5,7195 na venda, às 9h05. O movimento ocorre em um contexto de incertezas globais, com atenção voltada para as negociações de paz entre Estados Unidos e Rússia, que começaram na Arábia Saudita e visam encontrar uma solução para o fim da guerra na Ucrânia.

Além disso, os investidores também aguardam a realização de um leilão de venda de dólares e a oferta de swap cambial tradicional pelo Banco Central. No entanto, que pode influenciar a cotação da moeda.

Mercado atento às conversas entre EUA e Rússia

O principal foco dos investidores nesta terça-feira está na reunião entre os Estados Unidos e a Rússia na Arábia Saudita, que busca avançar em negociações pelo fim da guerra na Ucrânia.

O resultado dessas conversas pode ter impactos significativos na economia global e no mercado de câmbio. Já que um avanço na resolução do conflito poderia aliviar tensões e influenciar as cotações do dólar.

A guerra na Ucrânia tem sido um fator relevante para os preços das commodities, especialmente o petróleo e o gás natural. E, portanto, qualquer sinal de progresso nas negociações de paz pode influenciar o otimismo no mercado.

Por outro lado, a continuação do conflito tende a manter a incerteza elevada, o que pode beneficiar o dólar como ativo de segurança.

Leilão do Banco Central

Ainda no radar dos investidores está o leilão de linha anunciado pelo Banco Central, que ocorrerá nesta terça-feira, das 10h30 às 10h35. A autarquia oferecerá US$3 bilhões no mercado, o que pode impactar diretamente o fluxo de dólares no país e, consequentemente, a cotação da moeda.

O leilão de linha consiste na venda de dólares com compromisso de recompra, uma estratégia utilizada pelo Banco Central para fornecer liquidez ao mercado de câmbio.

Além disso, o BC também realizará um leilão de swap cambial tradicional com o objetivo de fazer a rolagem de contratos que vencem em 1º de abril de 2025. A expectativa é que essas operações ajudem a estabilizar a cotação do dólar e mitigar oscilações bruscas. Dessa forma, garantindo um controle maior sobre a volatilidade cambial.

Dólar futuro

Na B3, o dólar futuro para o primeiro vencimento também seguia em alta, subindo 0,1%, negociado a R$5,729. Essa leve valorização do contrato futuro reflete a expectativa do mercado em relação às ações do Banco Central e o cenário global, com especial atenção para o que acontecerá nas negociações sobre a guerra na Ucrânia.

O dólar à vista, que fechou a segunda-feira (17) em alta de 0,27%, a R$5,7128, continua sendo influenciado pela percepção dos investidores sobre as questões internas e externas. A movimentação no mercado cambial deve seguir os desdobramentos das conversas internacionais e as medidas do Banco Central para garantir a estabilidade da moeda.

Perspectivas para o mercado de câmbio

A combinação de fatores internos e externos, como o leilão do Banco Central e as negociações de paz entre EUA e Rússia, continuará a afetar a cotação do dólar nas próximas sessões.

A tendência é de volatilidade nos próximos dias, com o mercado ajustando suas expectativas conforme os desdobramentos dessas questões.

Com o dólar à vista se mantendo em um patamar elevado, a pressão sobre a inflação brasileira pode ser um desafio adicional para o governo. Que observa, portanto, com atenção a dinâmica do câmbio e suas implicações na economia.

O Banco Central, por sua vez, segue atuando para minimizar os efeitos de flutuações cambiais excessivas. E, assim, garantir um cenário mais equilibrado para o mercado de câmbio brasileiro.

Em meio a esse cenário, investidores e analistas aguardam com expectativa os próximos movimentos do mercado, especialmente após o leilão de dólares e a continuidade das conversas de paz.

A próxima semana pode trazer novas pistas sobre a direção do câmbio e as estratégias do governo brasileiro para lidar com as tensões internacionais. Além das pressões internas.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ