Momento de transição

Hora de encher o carrinho? Veja seleção nata das ações brasileiras que valem a compra

Banco americano eleva avaliação do mercado brasileiro para ‘overweight’, vê potencial em setores como energia, agro e serviços financeiros.

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Ações
  • Morgan Stanley recomenda compra de ações brasileiras, apostando em mudança política e ativos baratos
  • Energia e agro lideram as apostas do banco, com destaque para Petrobras, Eletrobras e JBS
  • B3 entra na carteira com expectativa de alta da bolsa; Porto Seguro e Suzano saem

O Morgan Stanley elevou sua recomendação para as ações brasileiras, classificando o mercado como “overweight” – termo que equivale a compra, no jargão financeiro.

Segundo relatório divulgado nesta semana, o banco norte-americano vê um cenário promissor no Brasil, impulsionado por ativos descontados, expectativas de mudança de governo nas eleições de 2026 e o fortalecimento de setores como energia e agricultura.

Para os analistas do banco, o Brasil vive um momento de transição.

“O país começa a se parecer com o Texas”, disseram, ao destacar o crescimento robusto e a força de setores estratégicos.

A avaliação, portanto, se ancora na expectativa de desregulamentação, redução da alavancagem fiscal e novas dinâmicas macroeconômicas. Contudo, que podem fortalecer o mercado acionário nos próximos trimestres.

Energia e agro são apostas centrais

A comparação com o Texas não é à toa: o Morgan Stanley vê energia e agropecuária como os motores da valorização das ações brasileiras. Entre as empresas preferidas, Petrobras (PBR.N) lidera a lista com peso de 16% no portfólio recomendado, seguida por nomes como Eletrobras (ELET3.SA), JBS (JBSS3.SA) e PetroRio (PRIO3.SA).

O relatório também ressalta que a expectativa de uma política econômica mais liberal após as próximas eleições pode destravar ainda mais valor nesses segmentos, atraindo investimentos e promovendo maior eficiência regulatória. A promessa de desburocratização e melhor gestão fiscal seria, nas palavras dos analistas, a “cereja do bolo”.

Nova composição da carteira

O banco, no entanto, atualizou sua carteira recomendada, que agora conta com 21 ações. A B3 (B3SA3.SA) entrou na lista após mudança de recomendação para overweight.

A expectativa é que a queda dos juros estimule a migração de recursos da renda fixa para o mercado de ações. Dessa forma, beneficiando diretamente a bolsa brasileira.

Por outro lado, Porto Seguro e Suzano deixaram o portfólio. Segundo o relatório, a mudança visa abrir espaço para empresas mais sensíveis ao movimento de corte de juros, como a própria B3.

Essa rotação estratégica, portanto, demonstra a confiança do banco em uma reversão do ciclo monetário, com efeitos positivos sobre o mercado de capitais.

Ações preferidas e pesos no portfólio

Entre os destaques da carteira atualizada estão:

  • Petrobras (PBR.N): 16%
  • Vale (VALE.N): 9,2%
  • Itaú Unibanco (ITUB.N): 11,5%
  • Banco do Brasil (BBAS3.SA): 6,7%
  • Nubank (NU.N): 3,0%
  • Eletrobras (ELET3.SA): 7,2%
  • B3 (B3SA3.SA): 4,7%
  • Sabesp (SBSP3.SA): 5,5%
  • BTG Pactual (BPAC11.SA): 4,4%
  • Iguatemi (IGTI11.SA): 4,7%

O Morgan Stanley também aposta em ações de infraestrutura e consumo, como Embraer, Gerdau, Rumo, Motiva e Mercado Livre. O banco acredita que, com a retomada do apetite ao risco e a reprecificação dos ativos locais, essas empresas podem entregar retornos acima da média.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.