
Nesta quarta-feira (18), o Ibovespa (IBOV) abriu em queda de 0,09%, em um dia marcado por decisões de juros no Brasil e Estados Unidos. A escalada de tensões entre Israel e Irã também segue sendo monitorada por investidores. Por volta das 10:10, o índice operava nos 138.778,52 pontos.
Outro fator de impacto são os preços do petróleo e do minério de ferro, que impacta as movimentações do IBOV por surtir efeito nas ações da Petrobras (PETR3)(PETR4) e Vale (VALE3) durante o dia.
Entenda a seguir tudo o que influencia os mercados hoje.
Altas e baixas do Ibovespa às 10:15
O pregão mostra movimentações tímidas como de costume das primeiras horas, mas algumas ações devem registrar volatilidade alta nesta quarta-feira.
As ações em alta
| Ação | Variação (%) | Último Preço (R$) |
|---|---|---|
| Vivara ON (VIVA3) | +0,52% | 25,25 |
| Raízen PN (RAIZ4) | +0,54% | 1,86 |
| Direcional ON (DIRR3) | +0,53% | 41,97 |
| Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4) | +0,33% | 9,22 |
| Weg ON (WEGE3) | +0,34% | 41,55 |
As altas são puxadas por empresas ligadas a consumo e indústria, com destaque para Vivara e Direcional, que se beneficiam do otimismo pontual com setores domésticos.
As ações em queda
| Ação | Variação (%) | Último Preço (R$) |
|---|---|---|
| Marfrig ON (MRFG3) | -1,35% | 24,07 |
| Cogna ON (COGN3) | -1,01% | 2,94 |
| BRF ON (BRFS3) | -0,98% | 20,29 |
| Itaúsa PN (ITSA4) | -0,73% | 10,82 |
| Assaí ON (ASAI3) | -0,72% | 11,02 |
As quedas mais acentuadas refletem incertezas fiscais e macroeconômicas, além da volatilidade em setores mais sensíveis ao consumo e ao crédito. Marfrig e BRF, por exemplo, seguem impactadas pelas indefinições em torno da fusão e pelo custo da inflação nos insumos.
O que influencia o Ibovespa hoje?
As atenções se voltam para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que poderá manter a taxa Selic em 14,75% ou elevar para 15% ao ano — a maior taxa desde 2006. Pesquisa com 48 instituições mostra divisão: 27 preveem estabilidade e 21, aumento dos juros.
No cenário internacional, o foco está no conflito entre Israel e Irã. O presidente americano Donald Trump indicou possível intervenção militar contra instalações nucleares iranianas, provocando uma resposta dura do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, que alertou para “consequências irreparáveis” em caso de ataque.
Em função da escalada, a embaixada dos EUA em Jerusalém permanecerá fechada até sexta-feira, aumentando o nervosismo dos investidores.
O petróleo, que já opera acima dos US$ 70 o barril, apresenta volatilidade. O Irã controla o estratégico Estreito de Ormuz, responsável por cerca de 25% da produção global, o que torna a região crucial para o abastecimento mundial e agrava a preocupação com a oferta.
Já os contratos futuros de minério de ferro caíram pelo quinto pregão seguido nesta quarta-feira (18), refletindo a desaceleração da demanda na China, principal consumidora global.
O contrato de setembro em Dalian recuou 0,5%, a 695,5 iuanes (US$ 96,79), enquanto em Cingapura o minério era negociado perto de US$ 92,65.
Analistas do ING apontam que a fraqueza no setor imobiliário chinês segue pressionando a demanda.
Brasil
Entre as medidas aprovadas está a obrigatoriedade da contratação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em todas as regiões do país, mesmo sem demanda, e a prorrogação por 20 anos de contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).
Especialistas do setor alertam que tais decisões podem elevar a conta de luz dos brasileiros em até 10%.