- O índice de ações da B3 registra recuo de 0,72%, com perdas nas ações da Petrobras e Eletrobras
- A moeda americana valoriza-se, fechando a R$ 5,77, em meio à expectativa por dados de inflação nos EUA e falas de autoridades monetárias
- O IBGE aponta uma queda de 0,5% nas atividades de serviços no Brasil, refletindo um cenário de desaceleração econômica
O mercado brasileiro enfrentou um cenário desafiador nesta quarta-feira (12), com o Ibovespa registrando queda e o dólar comercial em alta.
A B3, principal bolsa de valores do Brasil, teve uma performance negativa logo no início da sessão, enquanto o setor de serviços no país também mostrou sinais de desaceleração, com um recuo de 0,5% em dezembro, de acordo com dados do IBGE.
Ibovespa recua para 125,5 mil pontos
O índice Ibovespa, que reúne as ações das principais empresas brasileiras, iniciou a quarta-feira com queda de 0,72%, fechando aos 125.345,33 pontos. Entre os destaques negativos do pregão estão as quedas nas ações de grandes empresas, como Eletrobras (-1,86%), Petrobras (-0,52%) e Embraer (-0,83%).
O mercado reflete um clima de cautela, com a combinação de incertezas econômicas e reações a dados recentes.
O índice de ações teve oscilações com destaque para os papéis da Petrobras e Eletrobras, ambas com queda significativa logo no início da sessão. Além disso, as empresas do setor aéreo também apresentaram perdas consideráveis, com Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) em baixa.
Esse movimento negativo no mercado também é atribuído à expectativa por novos dados de inflação e decisões de política monetária, principalmente de autoridades econômicas nos Estados Unidos e no Brasil.
Altas e baixas
As ações do Carrefour lideraram as maiores altas do Ibovespa, subindo 2,82%, fechando a R$ 7,30. O impulso positivo veio após o anúncio da controladora de que pretende fechar o capital da empresa no Brasil.
Outras altas significativas foram registradas por Santander, que avançou 0,91%, alcançando R$ 16,49, e Cogna, que subiu 0,61%, encerrando o pregão a R$ 1,66.
Por outro lado, as maiores quedas ficaram por conta de Hapvida, que recuou 5,58%, para R$ 2,37, em meio à pressão da alta nos juros futuros mais curtos. CVC também sofreu uma queda de 5,15%, cotada a R$ 1,84, seguindo a mesma tendência de ajuste nos juros. Vivara completou a lista das maiores baixas, com uma desvalorização de 4,53%, fechando a R$ 18,96, igualmente influenciada pelo aumento nos juros futuros mais curtos.
Dólar comercial sobe
O dólar comercial também registrou alta no mercado cambial, fechando a R$ 5,77. A moeda americana se valorizou enquanto os investidores aguardam dados cruciais sobre a inflação nos Estados Unidos e falas de autoridades monetárias, como Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, e Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central brasileiro.
O dólar teve oscilações de baixa e alta durante a manhã, mas a tendência foi de uma valorização, refletindo a expectativa de que o mercado aguarde com cautela os próximos passos das economias global e nacional.
Setor de serviços enfrenta recuo
O setor de serviços no Brasil enfrentou uma queda de 0,5% em dezembro de 2024, conforme indicado pelos dados do IBGE. Esse desempenho reflete uma desaceleração nas atividades econômicas do país, especialmente após a recuperação no ano anterior.
A queda foi puxada principalmente por segmentos como transportes e telecomunicações, que registraram perdas, apesar do avanço em outros setores, como serviços prestados às famílias.
Essa retração reflete o impacto de um crescimento mais modesto da economia brasileira, em contraste com as expectativas de recuperação do mercado de trabalho e da atividade econômica.
Expectativa de crescimento e inflação controlada
Apesar das oscilações nos mercados financeiros e das dificuldades enfrentadas por setores como o de serviços, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou otimista com a economia do Brasil.
Ele afirmou que o país viverá um “grande ano” em 2025, com um crescimento esperado para a economia e uma inflação controlada. Esse discurso reflete uma tentativa do governo de tranquilizar os investidores e gerar confiança, mesmo diante de números que indicam um cenário de volatilidade.
Cotações
Confira abaixo os índices e suas respectivas cotações.