Pix em risco? Nova regra do BC pode travar pagamentos e mudar rotina dos bancos

• BC obriga bancos a bloquear pagamentos para contas suspeitas de fraude
• A regra já está em vigor, e as empresas precisam concluir os ajustes até 13 de outubro
• Medida reforça segurança para clientes, mas aumenta custos para bancos

O Banco Central (BC) aprovou, nesta quinta-feira (11), uma norma que obriga os bancos a rejeitar pagamentos feitos para contas com suspeita de envolvimento em fraudes. A medida vale para qualquer instrumento de pagamento e já entrou em vigor.

As instituições terão até 13 de outubro para ajustar seus sistemas e cumprir a exigência. Segundo o BC, a regra é parte de um esforço maior para conter golpes digitais e proteger clientes.

Mais controle contra fraudes

Para identificar contas suspeitas, os bancos deverão utilizar informações de sistemas eletrônicos e bases de dados públicas ou privadas. A checagem será feita em tempo real, permitindo barrar operações antes da liquidação.

Sendo assim, a iniciativa busca reduzir os riscos em transações como Pix, TED e outros meios eletrônicos, cada vez mais usados por golpistas.

Desse modo, o BC reforçou que a medida integra um pacote de segurança lançado na semana passada, após ataques recentes de organizações criminosas.

Impacto para clientes e bancos

Na prática, a mudança garante mais proteção ao consumidor contra fraudes em pagamentos digitais. O risco, porém, é que operações legítimas possam ser bloqueadas por engano.

Além disso, o BC informou que fará monitoramento contínuo para ajustar falhas que possam ocorrer nos bloqueios.

Portanto, para os bancos a nova norma exige mais investimento em tecnologia e compliance, o que pode elevar custos no curto prazo.

Sinal para o mercado

Especialistas avaliam que a decisão do BC mostra firmeza no combate ao crime organizado. Assim, o movimento deve ajudar a reduzir fraudes, que vinham crescendo no sistema de pagamentos.

Ademais, para investidores, a regra traz previsibilidade e aumenta a confiança no setor bancário e em fintechs de pagamento.

Por fim, no longo prazo, a medida fortalece a reputação do sistema financeiro brasileiro como um dos mais seguros do mundo.