Anúncio bombástico

Trump solta bomba comercial e faz dólar oscilar em dia de tensões globais

Moeda norte-americana inicia sessão em leve queda após decisões de juros no Brasil e nos EUA, enquanto investidores aguardam anúncio.

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  • Dólar inicia o dia em leve queda após decisões do Fed e do Copom
  • Trump promete anúncio bombástico sobre novo acordo comercial com país “respeitado”
  • BC realiza leilão de swaps para conter instabilidade e suavizar movimentos cambiais

O mercado cambial brasileiro começou esta quinta-feira (8) em compasso de expectativa, com o dólar operando em leve queda frente ao real.

O cenário reflete a reação simultânea dos investidores às recentes decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil, além da crescente expectativa em torno de um possível acordo comercial internacional envolvendo os Estados Unidos, divulgado por Donald Trump.

Às 9h15, o dólar comercial caía 0,20%, sendo negociado a R$ 5,734 na compra e R$ 5,735 na venda. Já na B3, o contrato futuro de dólar com vencimento mais próximo recuava 0,28%, cotado a R$ 5,755, apontando que o mercado tenta calibrar os riscos e perspectivas diante de novas variáveis políticas e econômicas.

Apesar do recuo momentâneo, a volatilidade segue elevada. Na quarta-feira (7), o dólar à vista encerrou com alta de 0,58%, cotado a R$ 5,7445, resultado da aversão ao risco global e de ajustes após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano, encerrando oficialmente o ciclo de cortes iniciado em 2023.

Trump insinua acordo comercial “de peso”

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocou um novo movimento nos mercados internacionais ao publicar, nesta manhã, uma mensagem em sua rede Truth Social. Anunciando, portanto, uma entrevista coletiva às 11h (horário de Brasília) no Salão Oval. Segundo Trump, o tema será “um importante acordo comercial com representantes de um país grande e altamente respeitado”.

A mensagem pegou investidores de surpresa e gerou fortes especulações sobre um possível acordo tarifário entre Estados Unidos e Reino Unido. Dessa forma, o que pode impactar o fluxo de capitais globais e afetar o comportamento do dólar em mercados emergentes como o Brasil. A expectativa pela fala de Trump adiciona mais um fator de instabilidade a uma sessão já marcada por incertezas pós-Fed.

O Federal Reserve manteve os juros dos EUA entre 5,25% e 5,50%, mas frustrou expectativas ao sinalizar apenas um corte ainda este ano. Contudo, o que fortaleceu o dólar globalmente.

No entanto, a força da moeda americana ainda depende do equilíbrio entre a política monetária dos EUA e os dados de emprego e inflação que serão divulgados nas próximas semanas.

BC atua no câmbio para conter pressão

Para aliviar possíveis pressões sobre o câmbio, o Banco Central brasileiro anunciou leilão de até 25 mil contratos de swap cambial tradicional. Ainda, com o objetivo de rolar vencimentos de junho. A ação busca suavizar movimentos abruptos da moeda em um momento de fragilidade fiscal interna e incerteza externa.

No varejo, o dólar turismo exibe forte disparidade entre compra e venda: R$ 5,763 para compra e R$ 5,943 para venda. Dessa forma, refletindo o nervosismo do mercado e a busca de proteção por parte dos consumidores e empresas.

Com as atenções voltadas para a fala de Trump, e o mercado ainda digerindo os sinais do Fed e do Copom, a tendência é que o dólar mantenha a instabilidade no curto prazo. Investidores devem monitorar de perto qualquer nova sinalização sobre política fiscal, juros e acordos comerciais internacionais.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.