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Mobly assume Tok&Stok e se torna líder no segmento na América Latina

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O fechamento da aquisição da Tok&Stok pela Mobly foi concretizado na última sexta-feira (8), após a homologação do plano de recuperação extrajudicial da rede varejista, aprovado pela Justiça na quinta-feira. Com isso, a Mobly assume o controle da Tok&Stok e dá início a um movimento que visa formar a maior rede de varejo de móveis da América Latina, com um faturamento anual de R$1,6 bilhão, 67 lojas e 3,2 mil funcionários.

Em entrevista exclusiva ao portal Broadcast do Estadão, Victor Noda, fundador e CEO da Mobly, detalhou os próximos passos da empresa após o fechamento do negócio.

“Na segunda-feira, um time formado pelos fundadores e principais executivos da Mobly irá à sede da Tok&Stok para integrar as equipes e dar início ao trabalho conjunto”.

afirmou Noda.

O CEO ressaltou a importância de captar sinergias entre as duas empresas, com o objetivo de acelerar a integração e otimizar as operações, especialmente no que tange a compras de produtos, logística e tecnologia.

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Com a conclusão do processo, a Mobly agora detém 61% das ações da Tok&Stok, e há ainda a possibilidade de acionistas minoritários, incluindo a família Dubrule – fundadora da Tok&Stok –, aderirem ao aumento de capital, o que pode modificar o desenho final da estrutura acionária.

Foco na eficiência e sinergia

A integração das operações das duas empresas será o principal desafio a ser enfrentado nos próximos meses. Segundo Noda, não haverá um executivo da Mobly à frente da Tok&Stok, mas sim uma fusão completa das operações. “Os três fundadores da Mobly serão também os administradores da Tok&Stok. Assim, tudo ficará sob a mesma gestão. Em algumas áreas, haverá maior sinergia, como no financeiro e no branding”, explicou.

Embora o foco não esteja em cortes de pessoal, Noda mencionou que a integração poderá levar à redução de vagas duplicadas, mas enfatizou que a maior parte das economias virá de áreas como compras, logística, e tecnologia. “A integração das operações trará uma grande economia em custos e contratos com terceiros, além de otimizações no custo de entrega e montagem de móveis”, destacou.

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A aquisição e os planos de integração da Mobly com a Tok&Stok não ocorreram sem críticas. A família Dubrule, que detinha o controle da Tok&Stok antes da venda ao fundo Carlyle, questionou a estratégia da Mobly, principalmente em relação à integração logística e tecnológica. Em resposta, Noda defendeu a experiência e os resultados positivos da Mobly nas áreas em questão. “Nós já temos um histórico bem-sucedido na integração logística e tecnológica. Já mudamos nosso centro de distribuição cinco vezes, e nossa operação em tecnologia é robusta e testada”, afirmou Noda.

Ele também rebateu críticas à gestão financeira da Mobly, que foi apontada como uma empresa que queimou caixa desde seu lançamento. Noda argumentou que a situação da Mobly tem se aprimorado trimestre a trimestre, especialmente em 2024, com o retorno ao crescimento. “O negócio está melhorando a cada trimestre, especialmente este ano. A empresa segue cada vez mais sólida e vai melhorar ainda mais nos próximos meses”, afirmou.

Crescimento e expansão

A movimentação da Mobly e Tok&Stok é um reflexo do crescimento do setor de móveis no Brasil, que, apesar de desafios econômicos, continua sendo um mercado promissor. Em 2023, o setor de móveis e decoração teve um crescimento de 3,8% em comparação ao ano anterior, conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL). Com a fusão das duas redes, a Mobly e a Tok&Stok se posicionam como líderes em um mercado altamente competitivo, com um faturamento conjunto de R$ 1,6 bilhão e uma rede de 67 lojas espalhadas pelo Brasil.

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Além disso, a Mobly pretende expandir sua presença e buscar novas oportunidades no e-commerce, aproveitando o crescente interesse dos consumidores por compras online, especialmente em um cenário de transformação digital acelerada.


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