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MPPE Arquiva Caso Gusttavo Lima e VaideBet

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou nesta segunda-feira (25), o arquivamento parcial de uma investigação que envolve o cantor Gusttavo Lima e José André da Rocha Neto, dono da VaideBet, ex-patrocinadora do Corinthians. A apuração policial busca identificar eventuais ações criminosas ligadas à contratação de influenciadores digitais por meio de casas de apostas online.

O pedido do MPPE tem como base a regulamentação das apostas online, considerada um fator que elimina a suspeita de lavagem de dinheiro contra Gusttavo Lima. Segundo a promotora Mariana Pessoa de Melo Vila Nova, “não há provas de que o cantor ou o empresário tenham cometido crimes”. A denúncia contra Aislla Rocha, esposa de José André da Rocha Neto, também foi arquivada.

As investigações ainda analisam possíveis irregularidades envolvendo Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da plataforma Esportes da Sorte, e sua empresa. Contudo, o MP concluiu que as atividades da Esportes da Sorte são lícitas, solicitando o arquivamento parcial dessa parte do caso. Investigações relacionadas ao uso do “jogo do bicho” como mecanismo de lavagem de dinheiro seguem em andamento.

Venda de aeronave sob investigação

Um dos principais pontos da investigação foi uma transação realizada pela Balada Eventos e Produções Ltda., empresa pertencente a Gusttavo Lima, envolvendo a venda de uma aeronave modelo Cessna Aircraft. Segundo o MPPE, a aeronave foi inicialmente vendida para a SF Entretenimento e Promoção de Eventos, controlada por Darwin Henrique da Silva Filho. Após o pagamento de duas parcelas, o contrato foi cancelado, e o valor foi integralmente restituído pela empresa de Gusttavo Lima.

Poucos meses depois, a aeronave foi vendida novamente, desta vez para José André da Rocha Neto, utilizando como intermediária a empresa Pix 365 Soluções Tecnológicas, posteriormente associada à VaideBet.

“No momento, não temos comprovação de atos de lavagem de dinheiro perpetrados pelo PIX 365 Soluções Tecnológicas, a verdadeira VaideBet, a partir de 1º de julho de 2024, quando Nivaldo Lima e sua empresa passaram a ser detentores de 25% da marca”.

aponta o parecer do MPPE.

Defesa de Gusttavo Lima nega acusações

A defesa de Gusttavo Lima mantém a posição de que não há qualquer envolvimento do cantor em irregularidades. Em nota, afirmou:

“A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira. O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.”

disse a defesa do cantor.

Impactos no setor de apostas

O caso reflete as crescentes investigações sobre o setor de apostas esportivas no Brasil, um mercado em expansão que movimentou cerca de R$ 150 bilhões em 2023, segundo a Associação Brasileira de Apostas Esportivas (ABAE). Com a regulamentação recente, especialistas esperam maior controle sobre operações financeiras no setor, que tem atraído nomes de peso como influenciadores e clubes de futebol.

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Ainda assim, a controvérsia em torno da VaideBet e de outros operadores reforça a necessidade de fiscalização rigorosa. Dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicam que, em 2024, o volume de movimentações suspeitas ligadas a apostas online subiu 25% em relação ao ano anterior, evidenciando desafios para o combate à lavagem de dinheiro.

Desdobramentos da investigação

Embora o arquivamento solicitado pelo MPPE represente um alívio para Gusttavo Lima e outros investigados, o caso não está encerrado. As apurações continuam em relação a outras figuras e empresas ligadas à operação. A Polícia Civil de Pernambuco ainda não divulgou um prazo para a conclusão do inquérito.


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