Em setembro, papéis de curto prazo foram os destaques do mês em todos os tipos de títulos de renda fixa, movimento que vem acontecendo desde julho. O índice IMA-S, que acompanha as letras financeiras marcadas a mercado com vencimento de um dia, registrou a melhor rentabilidade dentre os índices da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) pelo segundo mês consecutivo, com crescimento de 1%.
“A percepção do mercado em relação ao quadro fiscal dos Estados Unidos e ao processo de desinflação americano têm deixado os investidores inseguros para aplicar no longo prazo, o que acaba se refletindo nos demais mercados, incluindo o Brasil. Essa pode ser uma das razões dessa onda de desinteresse por papéis de longo prazo nos últimos meses, ao mesmo tempo que os papéis de curto prazo tornam-se mais atrativos”, explicou Marcelo Cidade, economista da ANBIMA.
Dentre os prefixados, o IRFM-1, que reflete os papéis de até 1 ano, avançou 0,93% no mês. Já a carteira de maior prazo, o IRF-M 1+, recuou 0,15%.
As carteiras de NTN-Bs (títulos indexados à inflação) também seguiram o padrão: o IMA-B-5, com prazo até cinco anos, registrou rentabilidade de 0,13%. Em contrapartida, a carteira de maior prazo, o IMA-B5+, recuou 1,92% no mês.
No geral, os títulos públicos marcados a mercado cresceram 0,18% no mês e 10,59% no ano, conforme resultado do IMA Geral.
Títulos corporativos
Em relação aos títulos corporativos, as melhores performances também foram de carteiras de curto prazo. Assim como em agosto, o destaque do mês foi para o IDA-DI, que acompanha debêntures indexadas à taxa DI com prazo de um dia. O índice valorizou 1,33% em setembro.
Já as debêntures incentivadas, refletidas no IDA-IPCA infraestrutura, recuaram 0,78%. Enquanto isso, o IDA-ex infraestrutura, que acompanha os títulos sem benefício fiscal, registrou rentabilidade negativa de 0,14%.
Segundo a performance do IDA Geral, as debêntures marcadas a mercado avançaram 0,53% em setembro e 7,98% em 2023.
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