- A Azul concluiu a reestruturação financeira, eliminando US$ 1,6 bilhão em dívidas e reduzindo os pagamentos de juros em R$ 800 milhões
- A companhia receberá 15 novos jatos Embraer E2 em 2025, fortalecendo sua conectividade e operações
- A Azul realizará a emissão de 94 milhões de novas ações preferenciais para eliminar obrigações com arrendadores e fabricantes
A Azul (AZUL4) anunciou nesta terça-feira (29) a conclusão de um longo e complexo processo de reestruturação de dívidas, que promete reduzir significativamente a alavancagem da companhia.
O acordo, que envolveu credores financeiros, arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos, resultou na eliminação de US$ 1,6 bilhão em dívidas. E, ainda, na injeção de US$ 525 milhões em capital adicional.
Além disso, a reestruturação trouxe uma redução de R$ 800 milhões nos pagamentos de juros para 2025. Dessa forma, o que representa um alívio substancial para as finanças da empresa.
Impacto significativo
De acordo com a Azul, o impacto da reestruturação será significativo, especialmente no que diz respeito à alavancagem. No entanto, que deve cair de 4,8 vezes para 3,4 vezes em comparação com o terceiro trimestre do ano passado.
Isso significa que a companhia estará mais próxima de uma estrutura financeira saudável, com um nível de endividamento mais controlado. Dessa forma, o que deve fortalecer sua posição no mercado de aviação.
“Com a finalização desses acordos, além de proporcionar uma melhoria no fluxo de caixa nos próximos três anos, nossa desalavancagem será de aproximadamente 1,4 vez de maneira pró-forma”, afirmou a Azul em comunicado oficial.
A companhia destacou que essa redução da alavancagem, aliada à geração de caixa adicional, ajudará a manter a sustentabilidade financeira no longo prazo. Assim, preparando a empresa para futuras expansões e investimentos.
Notícias Relacionadas
Expandindo comunicações
Starlink faz parceria com Apple para Iphones funcionarem via satélite
Parceria entre T-Mobile e SpaceX expande cobertura de internet satelital e traz novas possibilidades de comunicação.
Concorrência desleal
Montadoras chinesas BYD e GWM serão processadas por dumping no Brasil
Montadoras brasileiras denunciam práticas de dumping por empresas chinesas no mercado de veículos
Novo Financiamento
BNDES financiará Embraer na venda de aviões para os EUA
Embraer recebe R$ 2,1 bilhões do BNDES para exportação de aviões para Republic Airways.
Concessão
Governo Lula permite atuação de multinacional em terras indígenas, sem licitação e consulta
Parceria entre MPI e Ambipar gera controvérsia sobre gestão de terras indígenas e transparência no acordo.
Novos jatos e fluxo de caixa
Parte importante da estratégia da Azul envolve a aquisição de novos jatos para sua frota. A empresa revelou que, ao longo de 2025, receberá 15 novos jatos Embraer E2, aeronaves que devem ser cruciais para a expansão das operações e melhoria da conectividade aérea.
A chegada desses novos aviões permitirá à companhia fortalecer suas rotas e ampliar a oferta de serviços aos passageiros.
Além disso, a Azul confirmou que a reestruturação trará um aumento significativo no fluxo de caixa. A companhia prevê um fortalecimento financeiro de mais de R$ 1,8 bilhão até o final de 2027, resultado dos acordos comerciais estratégicos firmados com arrendadores, fabricantes de equipamentos e outros fornecedores.
Essa melhoria no fluxo de caixa é vista como fundamental para garantir a continuidade das operações e o crescimento sustentável da Azul.
Emissão de novas ações e união com a Gol
A reestruturação também incluiu a eliminação de obrigações de emissão de ações devidas a arrendadores e fabricantes, que totalizavam cerca de US$ 557 milhões. Em troca, a Azul realizará uma emissão de 94 milhões de novas ações preferenciais, que será concluída neste primeiro trimestre de 2025.
Esta emissão de ações visa reforçar ainda mais a base de capital da empresa e proporcionar maior flexibilidade financeira para os próximos passos de sua recuperação.
A companhia, que também está em discussões para uma possível união de operações com a Gol, reforça que o processo de reestruturação é um passo estratégico importante para garantir sua estabilidade e crescimento no mercado aéreo.
A parceria com a Gol, caso concretizada, poderia representar uma reconfiguração significativa do setor de aviação no Brasil, ampliando a competitividade e a capacidade operacional das duas empresas.
