Banco Genial surpreende e rompe com fundo citado em operação da PF

• Banco Genial afirmou que não é alvo da Operação Carbono Oculto e não sofreu mandados.
• Instituição renunciou à administração do Fundo Radford até a apuração completa do caso.
• Banco contratou consultoria independente para reforçar e validar seus processos de compliance.

O Banco Genial saiu a público nesta quinta-feira (4) para reforçar que não é investigado na Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal em agosto para desarticular um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis.

Em nota ao mercado, a instituição afirmou que nem ela nem as empresas de seu grupo foram alvo de mandados de busca e apreensão. Ainda assim, optou por renunciar à administração do Fundo Radford, citado em reportagens sobre o caso, até que todos os fatos estejam devidamente esclarecidos.

Decisão preventiva

De acordo com o comunicado, a decisão foi tomada após reunião com o Ministério Público de São Paulo em 3 de setembro, quando ficou esclarecido que o Banco Genial não figura entre os investigados.

O Radford, que havia sido originalmente estruturado por outros prestadores de serviços, passou para a administração do Genial em agosto de 2024.

Assim, o banco afirmou ter cumprido todas as diligências de compliance e identificado o beneficiário final do fundo antes de assumir a gestão.

Desse modo, a instituição preferiu se afastar preventivamente para evitar riscos reputacionais e preservar sua governança.

Impacto nas operações

Segundo o banco, não há qualquer efeito sobre suas atividades ou sobre as empresas do grupo econômico.

Sendo assim, todas as operações seguem normais, reforça o comunicado, em linha com os padrões de governança, ética e compliance regulatório.

Além disso, o Genial classificou como “surpresa” a menção a seu nome em reportagens que relacionavam o fundo à investigação.

Portanto, a nota frisa que a instituição continua com funcionamento rotineiro e sem alterações em seu portfólio de serviços.

Próximos passos

Mesmo sem figurar como investigado, o banco decidiu contratar uma consultoria independente para revisar seus procedimentos de compliance.

Nesse sentido, a expectativa é que a validação externa fortaleça a percepção de solidez institucional e traga possíveis melhorias aos controles internos.

Ademais, a postura mostra uma tentativa de se blindar do desgaste causado pela Operação Carbono Oculto, que já respingou em outras instituições financeiras e fundos.

Por fim, ara o mercado a decisão sinaliza prudência diante de uma crise que ainda pode ter novos desdobramentos.