O Bitcoin (BTC) iniciou a semana em ritmo estável, com alta leve de 0,30%, cotado a US$ 104,262 mil na manhã desta segunda-feira (12), por volta das 10:25. A maior criptomoeda do mundo tem mantido ritmo positivo principalmente pela notícia do acordo comercial firmado entre os Estados Unidos e a China no fim de semana.
O aperto de mãos amenizou as tensões que vinham pressionando os mercados globais.
A princípio, esse acordo foi fechado em Genebra entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-presidente chinês, He Lifeng, e prevê a redução significativa de tarifas: de 145% para 30% nos EUA e de 125% para 10% na China.
Como acordo entre EUA e China impacta as criptos?
A trégua entre as duas maiores economias do mundo reduziu o clima de incerteza e tensão que vinha limitando o apetite por ativos considerados mais arriscados, como as criptos.
Com a redução mútua de tarifas — os EUA cortando de 145% para 30% e a China de 125% para 10% — o comércio bilateral tende a se reaquecer, o que melhora o cenário macroeconômico global e aumenta a confiança dos investidores.
Rompimento técnico projeta alvo em US$ 150 mil
No campo técnico, analistas destacam que o Bitcoin rompeu um padrão de bandeira de alta no gráfico semanal — uma estrutura típica de continuação de tendência.
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A bandeira havia se formado após o pico em quase US$ 110 mil em janeiro, com o preço lateralizando dentro de um canal descendente por cerca de três meses.
O rompimento da linha superior da bandeira em maio, ainda que com volume moderado, sinaliza uma continuação do movimento de alta, com alvo técnico projetado em torno de US$ 150 mil.
A projeção é baseada na altura do “mastro” da bandeira somada ao ponto de rompimento.
O Índice de Força Relativa (RSI) semanal também reforça o otimismo: voltou a superar os 65 pontos, sinalizando pressão compradora renovada, mas ainda sem entrar na zona de sobrecompra — o que, segundo analistas, indica potencial de valorização adicional antes de um eventual recuo técnico.
Expectativa pelo CPI dos EUA
No curto prazo, os investidores se mantêm atentos à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, prevista para esta terça-feira (13).
O dado pode influenciar as expectativas sobre a política monetária norte-americana e o comportamento dos ativos de risco, incluindo o próprio Bitcoin.
Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.
