Bitcoin dispara: veja como tensão nos EUA e mudança chave podem levar criptos a ganhos de até 27.000%

O mercado de criptomoedas mostrou que não para nem mesmo com feriados encurtando a semana. Nos últimos dias, eventos importantes no cenário político e econômico global agitaram o setor, e o resultado foi claro: o Bitcoin (BTC) atingiu sua cotação mais alta em mais de um mês, mostrando força e resiliência.

Nesta terça-feira (22), a principal criptomoeda do mundo estava sendo negociada por um valor impressionante: aproximadamente US$ 91 mil. Esse número representa uma valorização de 5% nas últimas 24 horas, um movimento que chamou a atenção de investidores e entusiastas do mercado digital. Mas o que está por trás dessa subida repentina?

Parte da explicação vem das crescentes tensões políticas nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump intensificou suas críticas a Jerome Powell, o atual presidente do Federal Reserve (o banco central americano). Trump tem pressionado por cortes nas taxas de juros, argumentando que os níveis atuais estão altos demais para o ritmo da economia. Usando as redes sociais, ele chegou a chamar Powell de “Sr. Tarde Demais” e “grande perdedor”, defendendo cortes imediatos para evitar uma possível desaceleração econômica.

Essas declarações geraram dúvidas sobre a independência do Fed e até mesmo medo de uma possível demissão de Powell antes do fim de seu mandato em 2026. Embora a Casa Branca tenha inicialmente confirmado que a hipótese estava sendo considerada, Trump depois veio a público negar a intenção de demitir o chefe do banco central, especialmente após um dia de queda nos mercados tradicionais. Diante dessa turbulência, muitos investidores parecem estar buscando refúgio em ativos que não dependem diretamente dos governos e bancos centrais, como o Bitcoin, visto como uma forma de proteção contra riscos dos mercados tradicionais.

Outro fator importantíssimo que agitou o mercado foi a mudança no comando da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos), o órgão que regula o mercado financeiro por lá. Nesta segunda-feira (21), Paul S. Atkins tomou posse como o novo presidente, sucedendo Gary Gensler.

Essa troca é vista como um divisor de águas. Durante a gestão de Gensler, o setor de criptomoedas enfrentou muita pressão regulatória, com processos e medidas que criaram um clima de insegurança. Já Atkins é conhecido por ter uma visão mais amigável em relação ao universo cripto. Ele defende a inovação e uma abordagem menos rígida na regulação dos ativos digitais, o que gerou grande expectativa no mercado.

Essa confiança não é de hoje. Quando o nome de Atkins foi anunciado para o cargo em dezembro passado, o Bitcoin chegou a romper a marca histórica de US$ 100 mil, impulsionado pela esperança de uma nova era de diálogo na SEC. Agora, com sua posse oficializada, a presença de Atkins é apontada como um dos motores por trás da recente disparada do Bitcoin.

Com todo esse cenário, alguns especialistas estão mais otimistas do que nunca e falam em uma “virada à vista” com potencial de alta explosiva para as criptomoedas. O termo “Verão DeFi” (DeFi significa Finanças Descentralizadas) voltou a circular. Em 2021, essa expressão marcou um período de euforia, quando alguns ativos digitais tiveram valorizações absurdas, como o token BAKE que disparou mais de 46.000%. Agora, a aposta é em um possível “Verão DeFi 2.0”.

Valter Rebelo, economista e especialista em ativos alternativos da Empiricus Research, acredita que o mercado está prestes a viver uma nova onda de valorização, que pode começar já em abril. Ele chegou a apontar cinco criptomoedas DeFi com potencial de valorização de até 27.000%, o que significa multiplicar o investimento por até 270 vezes!

Segundo Rebelo, além da posse de Paul S. Atkins na SEC, outros dois fatores podem impulsionar esse novo ciclo: o Bitcoin Act, uma proposta para que o Tesouro dos EUA compre 200 mil Bitcoins por ano durante cinco anos, e o GENIUS Act, que busca regulamentar as stablecoins (criptomoedas lastreadas em moedas tradicionais), trazendo mais segurança ao setor. Se essas previsões se confirmarem, o cenário pode ficar extremamente favorável para os ativos digitais.