
- T-Cross lidera como o carro com menor desvalorização percentual
- Fiat Mobi é o modelo que mais perde valor no primeiro ano
- Diferença entre carros pode chegar a R$ 23 mil em um único ano
Na hora de comprar um carro, muitos consumidores focam apenas em preço e financiamento, mas esquecem de um detalhe crucial: a desvalorização. Esse é o valor que o veículo perde ao longo do tempo — e a queda já começa no momento em que o carro sai da concessionária.
Nesse sentido, um levantamento feito pela CNN Brasil com base na Tabela Fipe revelou quanto vale um carro zero após um ano de uso, considerando os 10 modelos mais vendidos no Brasil no primeiro semestre de 2025. Os dados mostram que a diferença entre o preço de fábrica e o valor médio de revenda pode variar bastante, e custar caro.
T-Cross lidera entre os que perdem menos
Entre os carros analisados, o Volkswagen T-Cross (versão Sense) foi o que apresentou a menor desvalorização percentual. Com preço de tabela de R$ 119.990 em 2026, ele caiu para R$ 108.441 no modelo 2025, uma redução de apenas 9,6% após um ano.
Logo atrás aparece o Volkswagen Polo Track, que passou de R$ 92.660 para R$ 82.736, perdendo 10,7%. Já o Honda HR-V EX teve depreciação de 10,2%, caindo de R$ 163.200 para R$ 146.568.
Então, esses números indicam que, mesmo entre SUVs e hatches populares, há modelos que seguram melhor o valor de mercado. No caso do T-Cross, a boa aceitação no mercado e o custo de manutenção relativamente equilibrado ajudam a justificar esse desempenho.
Para quem busca menor perda patrimonial, vale considerar essas opções. Por fim, mesmo com preços iniciais mais altos, eles oferecem melhor valor de revenda, o que pesa bastante na hora de trocar de carro.
Fiat Mobi lidera o prejuízo
Na outra ponta do ranking, o Fiat Mobi Like lidera entre os modelos que mais desvalorizam. Vendido a R$ 80.990 na versão 2025, o mesmo carro usado, modelo 2024, vale apenas R$ 57.081 — uma queda de 29,5% no período.
Ademais, outro destaque negativo é o Chevrolet Onix MT Turbo, que perde 22,6% em um ano, caindo de R$ 102.990 para R$ 79.663. Já o Fiat Argo 1.0 MT desvalorizou 16,3%, seguido pelo HB20 Comfort, que caiu 15,9%.
Sendo assim, apesar de serem modelos de entrada e bastante vendidos, a alta oferta, a baixa procura por versões específicas e o custo de manutenção influenciam negativamente no preço de revenda. Em alguns casos, a diferença de valor ultrapassa R$ 23 mil em apenas 12 meses, como ocorre com o HR-V.
Portanto, para quem pensa em trocar de carro em pouco tempo, esses modelos exigem atenção redobrada. Mesmo que sejam baratos na hora da compra, o prejuízo pode ser maior do que o esperado ao vender.
Como avaliar o melhor custo-benefício
Além da marca e do modelo, a versão escolhida, o tipo de câmbio, o motor e até o consumo de combustível afetam diretamente a desvalorização. Carros com alta demanda no mercado de usados tendem a segurar mais o preço, o que torna a pesquisa prévia essencial.
Além disso, o levantamento também mostra que a escolha certa não depende apenas de gosto pessoal. Carros mais bem avaliados em manutenção, consumo e liquidez no mercado de seminovos geralmente perdem menos valor com o tempo.
Nesse sentido, os SUVs compactos seguem mostrando desempenho mais equilibrado. Modelos como o Hyundai Creta Comfort, que desvalorizou 15,2%, e o Toyota Corolla Cross XR, com queda de 14,1%, são considerados bons negócios dentro do segmento.
Desse modo, consultar a Tabela Fipe antes da compra, e projetar a revenda futura, pode ajudar a economizar milhares de reais. Afinal, o preço real de um carro não é o que se paga na loja, mas o quanto ele ainda vale depois de usado.