Retorno à presidência

Dilma pode ser presidente em 2026? Verdade ou fake?

Ex-presidente rejeita disputar eleição em Minas Gerais e foca na permanência no Banco dos Brics.

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  • Dilma nega interesse em voltar a disputar eleições
  • Aliados avaliam que cenário atual é mais favorável que em 2018
  • Ex-presidente foca na renovação de seu mandato no Banco dos Brics

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tem sido incentivada por aliados e familiares a concorrer ao Senado por Minas Gerais nas eleições de 2026. No entanto, ela rejeita qualquer possibilidade de voltar a disputar um cargo eletivo. Contudo, afirmando de forma categórica: “Tô fora”, segundo relatos de pessoas próximas.

O grupo que tenta convencê-la acredita que o cenário político atual é mais favorável do que o de 2018, quando Dilma se candidatou ao Senado e ficou em quarto lugar, sem conquistar uma das duas vagas em disputa.

Na ocasião, sua candidatura sofreu forte resistência devido ao processo de impeachment que a retirou da Presidência em 2016. Agora, aliados apostam em um novo contexto político e na recuperação de sua imagem para justificar a possibilidade de uma nova tentativa.

Sem interesse

Apesar da pressão, Dilma não demonstra qualquer interesse em retornar às urnas. Atualmente, ela exerce a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, com sede em Xangai, na China.

Seu mandato na instituição vai até julho de 2025, e sua prioridade é garantir a renovação para mais um período à frente do banco.

Para permanecer no cargo, Dilma precisa do aval da Rússia, país que indicará o próximo presidente do NDB. No entanto, existe a possibilidade de negociação para que o Brasil mantenha a direção da instituição por mais tempo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem boa relação com o governo russo e pode atuar nos bastidores para viabilizar a continuidade de Dilma na presidência do banco.

Banco do BRICS

O Banco dos Brics desempenha um papel estratégico no financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento nos países-membros (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e em outras economias emergentes.

Sob a liderança de Dilma, a instituição tem ampliado sua atuação global, incluindo novos membros e fortalecendo o papel do banco no cenário financeiro internacional.

A decisão de Dilma de priorizar sua permanência no NDB reforça seu afastamento da política partidária e do processo eleitoral brasileiro. Embora seja uma figura respeitada dentro do PT, sua posição indica que não pretende disputar cargos eletivos novamente.

O partido, por sua vez, deve buscar outras opções para a disputa ao Senado em Minas Gerais, um estado estratégico para a sigla.

Com essa postura, Dilma se distancia das articulações políticas nacionais e mantém foco na arena internacional, onde encontrou um novo espaço de atuação. Seu nome continua influente no cenário político, mas, ao que tudo indica, sua trajetória eleitoral chegou ao fim.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ