Diretor do BC indica possibilidade de corte na Taxa de Juros

Diogo Guillen, diretor de política econômica do Banco Central, sinalizou a possibilidade de um novo corte na taxa de juros durante um evento promovido pelo J.P. Morgan. Guillen destacou que, em dezembro, a inflação no Brasil estava em uma trajetória de queda, e expressou preocupação com a desancoragem das expectativas de inflação para os períodos de longo prazo.

Guillen alertou que as expectativas de inflação para 2024 e 2025 não estão alinhadas com as metas estabelecidas. Ele enfatizou que a desancoragem dessas expectativas demanda uma política monetária restritiva para conter possíveis impactos.

Cenário Global Menos Adverso e Confiança em Novos Cortes de Juros

O diretor avaliou que o cenário global apresenta menos adversidades em comparação com a reunião anterior do Copom. Destacou que, embora não haja uma relação mecânica entre o ambiente externo e doméstico, o Banco Central incorpora esse fator em suas projeções. Assim, Guillen expressou a confiança do BC ao sinalizar a possibilidade de novos cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas duas reuniões do Copom.

Ao abordar a situação econômica, Guillen afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil se recuperou à tendência pré-pandemia. Então, ele observou a desaceleração no terceiro trimestre de 2023, destacando que essa dinâmica está em linha com o cenário desenhado pelo Banco Central.

Monitoramento do Mercado de Trabalho e Ausência de Pressões Salariais Significativas

O diretor mencionou o monitoramento do mercado de trabalho, ressaltando que este se encontra aquecido. No entanto, Guillen ponderou que não há evidências de pressões salariais significativas no país neste momento.

Em suma, as declarações de Guillen oferecem insights sobre a postura do BC diante das condições econômicas, indicando uma predisposição para ajustes na taxa de juros.

Mais notícias

Greve no Banco Central em dia de inflação

Nesta quinta-feira (11), os servidores do Banco Central aderiram a uma greve de 24 horas como forma de reivindicar a valorização da carreira de especialista da autoridade monetária. O movimento liderado pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) demanda ajustes na remuneração, a implementação de bônus por produtividade, a exigência de nível superior para cargos técnicos e a alteração do nome do cargo de analista para auditor.

Pauta de Reivindicações: Remuneração, Bônus e Mudanças de Cargo

A principal pauta do movimento grevista abrange a questão salarial, buscando reajustes que reflitam a importância da carreira de especialista do Banco Central. Além disso, a proposta inclui a solicitação de bônus vinculados à produtividade dos servidores. A exigência de nível superior para cargos técnicos visa elevar os requisitos de qualificação para determinadas funções.

A mudança de nome do cargo de analista para auditor é um dos pontos destacados pelos servidores na busca por reconhecimento e valorização profissional. Assim, a expectativa é de que mais de 70% dos funcionários adiram à greve, podendo impactar os serviços e divulgações de informações da instituição.

Possíveis Impactos: ‘Apagão’ em Serviços do Banco Central

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central alerta para possíveis impactos significativos decorrentes da greve, caracterizando-o como um verdadeiro “apagão”. Então, interrupções operacionais em todos os serviços da instituição, incluindo reuniões canceladas, manutenção em sistemas e atrasos na divulgação de informações, são cenários previstos.