Produção de petróleo

DoE prevê preço do Brent a US$ 91 e expansão de 1,8% do PIB dos EUA

Preço do Brent pode alcançar US$ 91 por barril, enquanto o WTI pode subir para US$ 89, segundo relatório anual.

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  • O Departamento de Energia dos EUA prevê que o preço do petróleo Brent alcance US$ 91 por barril até 2050, enquanto o WTI deve subir para US$ 89 no mesmo período
  • A produção de petróleo nos Estados Unidos atingirá seu pico de 14 milhões de barris por dia até 2027
  • O DoE projeta uma expansão anual de 1,8% para o PIB dos EUA entre 2024 e 2050, com possibilidade de aceleração ou desaceleração

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) divulgou, nesta terça-feira (15), seu relatório anual sobre as perspectivas do mercado de energia, trazendo previsões significativas para o setor de petróleo até 2050. O documento aponta que o preço do petróleo Brent, referência no mercado internacional, deve alcançar US$ 91 por barril até 2050.

Além disso, o preço do WTI, referência nos EUA, também deverá subir para US$ 89 o barril no mesmo período. As projeções levam em conta o crescimento econômico global e as tendências de consumo de energia, mas também destacam os riscos associados a esses preços.

Previsões de aumento nos preços do Brent

O Departamento de Energia dos EUA projeta que o preço do petróleo Brent suba para US$ 91 por barril até 2050. No caso do petróleo WTI, o valor deve alcançar US$ 89 por barril até o mesmo ano.

A previsão de aumento reflete um cenário de crescimento contínuo da demanda por energia, impulsionado, principalmente, pelo crescimento econômico global, especialmente em países emergentes.

Entretanto, o DoE ressalta que existem riscos significativos para essas previsões. Em um cenário otimista, o preço do Brent poderia atingir até US$ 157 por barril até 2050, caso a demanda por petróleo continue a crescer de forma acelerada.

Por outro lado, no cenário mais pessimista, o preço poderia cair para US$ 48 por barril, caso a economia global enfrente uma desaceleração mais acentuada e se intensifiquem os avanços nas energias renováveis e em tecnologias de substituição de combustíveis fósseis.

Produção de petróleo dos EUA: pico previsto e desaceleração futura

O relatório do DoE também apresenta uma visão detalhada sobre a produção de petróleo nos Estados Unidos. A produção de petróleo no país deve atingir um pico de 14 milhões de barris por dia (bpd) até 2027. Após esse pico, no entanto, a produção deverá desacelerar, com uma previsão de 11,28 milhões de bpd até 2050.

Esse declínio é esperado em razão da diminuição das descobertas de novos campos e da crescente eficiência nas tecnologias de produção que podem reduzir a necessidade de novos investimentos em grandes campos de petróleo.

Essa desaceleração pode ter um impacto direto na oferta de petróleo e, consequentemente, nos preços, especialmente se a demanda continuar crescendo como projetado.

A maior parte da produção nos EUA provém de campos de petróleo de xisto, que exigem investimentos constantes para manter a produção em níveis elevados. A transição para fontes de energia mais limpas e renováveis também poderá afetar o ritmo de crescimento da produção.

Projeções para o crescimento econômico dos EUA

Além das previsões para o mercado de petróleo, o DoE também apresentou suas projeções para o crescimento econômico dos Estados Unidos entre 2024 e 2050. O cenário base prevê uma expansão do PIB americano de 1,8% ao ano nesse período.

No entanto, caso os riscos de alta, como um crescimento mais robusto da economia global, se materializem, o PIB dos EUA pode crescer a uma taxa de 2,1% ao ano. Em contrapartida, um cenário mais desfavorável, com desaceleração econômica global, pode resultar em um crescimento mais modesto do PIB, de 1,2% ao ano.

Esses fatores econômicos também influenciam diretamente o mercado de petróleo, pois uma economia forte tende a aumentar a demanda por energia, elevando os preços. Já uma desaceleração econômica pode resultar em uma diminuição do consumo e, consequentemente, em preços mais baixos para o petróleo.

O DoE reforça que o mercado de energia está intimamente ligado ao desempenho econômico global e a fatores externos como mudanças políticas, geopolíticas e o avanço das energias renováveis.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.