El Salvador vs FMI

El Salvador ignora pressão do FMI e Confirma: vamos continuar comprando cripto

A Ministra da Economia de El Salvador jogou a real direto do Rio de Janeiro: o país segue firme na compra de Bitcoin, mesmo após acordo bilionário com o FMI que previa o contrário. A aposta de Bukele na criptomoeda continua a todo vapor, desafiando credores.

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El Salvador ignora pressão do FMI e Confirma: vamos continuar comprando cripto

A novela entre El Salvador, o Bitcoin e os grandes credores internacionais ganhou um novo capítulo quente! Direto do palco do Web Summit no Rio de Janeiro, um evento que reúne gigantes da tecnologia e inovação, a Ministra da Economia de El Salvador, Maria Luisa Hayem, mandou o recado sem rodeios: o país centro-americano não vai frear sua aposta no Bitcoin.

Em uma entrevista ao vivo para a “Bloomberg News” nesta terça-feira (30), Hayem foi questionada se o governo ainda estava adquirindo a criptomoeda. A resposta foi clara e direta: “Há um compromisso do presidente Bukele de continuar acumulando ativos justamente com esse objetivo“, afirmou a ministra, confirmando que a estratégia de aumentar as reservas de Bitcoin segue firme e forte.

Essa declaração tem um peso enorme, principalmente quando lembramos do contexto recente. No final do ano passado, El Salvador fechou um acordo de financiamento de US$ 1,4 bilhão (mais de R$ 7 bilhões!) com o Fundo Monetário Internacional (FMI), uma entidade poderosa no cenário financeiro global. Para conseguir essa grana alta, o país fez uma série de promessas importantes. Entre elas, estava o compromisso de fortalecer suas contas públicas e, crucialmente, reduzir as compras de Bitcoin.

Essa questão do Bitcoin é central na política econômica do presidente Nayib Bukele, que chocou o mundo em 2021 ao tornar o Bitcoin uma moeda oficial em El Salvador, lado a lado com o dólar americano. A decisão rendeu aplausos da galera entusiasta das criptomoedas, que viram Bukele como um visionário. Por outro lado, a medida colocou o país em rota de colisão com credores tradicionais, como o próprio FMI, e resultou em rebaixamentos na nota de crédito de El Salvador, o que dificulta o acesso a empréstimos no mercado.

O acordo com o FMI parecia ser uma tentativa de acalmar os ânimos e tranquilizar os investidores, especialmente aqueles que compraram títulos da dívida do país. Uma das concessões feitas por El Salvador foi permitir que as empresas locais decidissem livremente se aceitariam ou não pagamentos em Bitcoin, tirando um pouco da obrigatoriedade inicial.

Agora, com a declaração da ministra Hayem, os investidores estão de orelha em pé, buscando sinais se El Salvador está realmente cumprindo sua parte no acordo com o FMI ou se está priorizando a agenda pró-Bitcoin de Bukele. A situação fica ainda mais interessante porque o Escritório de Bitcoin de El Salvador, órgão criado para gerenciar as aquisições da moeda digital, não faz cerimônia em anunciar nas redes sociais que as compras continuam a todo vapor.

A ministra Hayem reforçou essa visão, deixando claro que a criptomoeda não é apenas um experimento passageiro. “O bitcoin continua sendo um projeto importante“, declarou. Ela ainda acrescentou que essa acumulação de criptoativos não está restrita ao governo: “Estamos vendo uma acumulação de ativos tanto do ponto de vista do governo quanto do setor privado“.

Portanto, a mensagem que fica é que, apesar da necessidade de financiamento e das pressões internacionais, El Salvador, sob a liderança de Bukele, parece determinado a seguir seu caminho único com o Bitcoin. Resta saber como o FMI e os mercados financeiros reagirão a essa aparente manutenção da política de acumulação de criptomoedas, mesmo com um acordo bilionário em jogo.

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.