- Mesa principal do evento teve mais de 16 cadeiras vazias, gerando desconforto na cerimônia
- Investimentos da Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil totalizam R$ 112,9 bilhões, com foco em defesa nacional
- Ministro da Defesa destaca dificuldades financeiras para manter a estrutura militar brasileira, reforçando a necessidade de mais recursos
A cerimônia de 1 ano do programa Nova Indústria Brasil, realizada nesta quarta-feira (12) no Palácio do Planalto, foi marcada por uma cena inusitada: a mesa principal do evento estava esvaziada, com pelo menos 16 cadeiras vazias das mais de 50 disponíveis no Salão Oeste.
A falta de presença de representantes de diversas entidades, como a Associação Brasileira de Cimento Portland, o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa e a Nav Brasil, tornou o ambiente ainda mais visível. Dessa forma, criando “um contraste” com a grandiosidade do evento, que contou com a presença de autoridades do governo federal.
Cadeiras vazias na cerimônia
O evento, que estava marcado para começar às 11h, teve seu início postergado. O presidente Lula chegou ao local somente às 11h38, quando as cadeiras vazias já estavam evidentes.
O cerimonial, que havia preparado os lugares com plaquinhas e identificação, começou a chamar os presentes para preencher os espaços vazios apenas por volta das 11h44. Contudo, já durante o discurso do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
Isso gerou uma sensação de desconforto, com um terço da mesa principal ainda sem ocupação até momentos avançados da cerimônia.
Esse vazio, que se tornou o centro das atenções durante o evento, deixou visível o distanciamento de algumas entidades chave. Das quais deveriam ter participado da solenidade, mas que não marcaram presença.
A presença de autoridades
Apesar da ausência de representantes de setores importantes, o evento contou com a presença de figuras de destaque no governo. Além de Lula e Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra da Ciência, Luciana Santos. Além da ministra da Saúde, Nísia Trindade e e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
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A ausência de algumas entidades, no entanto, ainda gerou especulações sobre os motivos para a falta de comparecimento.
Desafios na defesa nacional
O evento também teve como objetivo apresentar as metas da Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil, que foca na área de defesa nacional. De acordo com o Planalto, os investimentos públicos e privados na fase do programa chegam a R$ 112,9 bilhões, sendo R$ 79,8 bilhões provenientes do setor público.
Entre esses recursos, estão incluídos investimentos previamente anunciados, como o PAC Defesa, com R$ 31,4 bilhões alocados para fortalecer o setor de defesa do país.
A cerimônia, no entanto, ocorre em um momento delicado para a área de defesa do Brasil. Na segunda-feira (10), o ministro da Defesa, José Múcio, destacou em entrevista ao programa Roda Viva que o orçamento das Forças Armadas brasileiras está entre os menores da América do Sul, enfrentando sérias dificuldades financeiras para manter a estrutura militar do país.
A situação gerou preocupações sobre a capacidade do governo em garantir investimentos adequados para o fortalecimento das forças de segurança e defesa.
As críticas ao governo
O evento também gerou discussões sobre o apoio governamental ao setor industrial e de defesa. A falta de presença de algumas entidades importantes pode ser vista como um reflexo de um distanciamento ou até de discordâncias em relação às políticas públicas propostas para o setor industrial e de defesa do Brasil.
A ausência de algumas dessas entidades pode ser um sinal de que o governo enfrenta desafios para alinhar os interesses do setor privado com as metas de desenvolvimento econômico e de segurança nacional.
